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O SVO realiza necropsias apenas em vítimas de mortes clínicas.
A demora na liberação de corpos que precisam passar pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO) vem sendo alvo de queixas de familiares de mortos cujos corpos tiveram de ser submetidos aos procedimentos de confirmação ou descoberta da causa morte antes da liberação para o velório e sepultamento. Oferecido pela Secretaria Estadual de Saúde (SESA) dentro das instalações da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), em Barbalha, o SVO é um serviço relativamente novo, com menos de quatro anos de funcionamento. Parentes de pessoas que são levadas para o SVO reclamam que, além da dor da perda, têm de passar por uma longa e sofrida espera, que muitas vezes chega a passar de 40 horas. As normas do Ministério da Saúde não recomendam que se faça à noite necropsia, autópsia e outros procedimentos para diagnosticar a causa morte.
Por causa disso, o SVO funciona apenas durante o dia. Além disso, a legislação exige que se espere por pelo menos seis horas, a contar do momento da declaração da morte, quando o corpo já apresenta os primeiros sinais de rigidez cadavérica, para iniciar os procedimentos de investigação do óbito nos casos que apresentam necessidade de necropsia ou autópsia. Nem todos que morrem precisam passar pelo SVO. Para lá, devem ser levados aqueles que morreram sem assistência médica e não apresentam sinais de violência ou o diagnóstico é de interesse da saúde pública.
O SVO realiza necropsias apenas em vítimas de morte clínica. Antes da instalação do SVO em Barbalha, 30% daqueles que morriam no Cariri eram sepultados deixando uma dúvida eterna entre amigos e familiares, porque a certidão de óbito trazia escrita a frase “causa desconhecida”. Desde a implantação do SVO, isso não ocorre mais.
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