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ESTADO
Desse total, 10 estão em situação de alta criticidade, na iminência de entrar em colapso. Municípios precisam de ações emergenciais, como perfuração de poços e construção de Adutoras de Montagem Rápida
O Ceará tem hoje 29 municípios com risco de colapso no abastecimento de água. Desse total, 10 foram classificados em situação de alta criticidade, oito de média criticidade e outros 11 de baixa criticidade (ver infográfico). Todos demandam ações emergenciais que, no geral, incluem perfuração de poços e construção de Adutoras de Montagem Rápida. O relatório com as ações está sendo finalizado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
“As propostas ainda serão analisadas pelos representantes do Comitê Integrado de Combate à Seca para que a ação a ser executada seja definida”, explicou o representante da Cogerh no Comitê, Gianni Lima. De acordo com ele, perfuração de poços deverá ser a solução para grande parte das cidades. Onde a criticidade de abastecimento foi considerada alta, essas ações devem chegar ainda este mês. A Cogerh garante que o colapso nunca vai existir porque as ações sempre vão garantir alguma fonte de água.
Cinco municípios deverão ainda receber adutoras definitivas através do Ministério da Integração, sob responsabilidade da Secretaria de Recursos Hídricos. As licitações das obras estão previstas para este mês e o próximo (março), entretanto, não há data definida para concretização. É o caso de Irauçuba, Quiterianópolis, Tauá, Potiretama e Caridade. As obras fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
De acordo com o assessor de desenvolvimento rural da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Nicolas Frabe, entre as prefeituras há uma certa “impaciência em relação ao andamento das obras de solução definitiva, que vão demorar anos para serem concluídas”.
Sobre a perfuração de poços, Nicolas afirma que a maior dificuldade apontada pelos prefeitos é a demora no atendimento decorrente da capacidade reduzida do Governo, que possui poucas perfuratrizes para a demanda.
As Adutoras de Montagem Rápida (AMR) são consideradas pelas gestões municipais como o sistema mais eficaz de atendimento emergencial. Entretanto, o assessor de desenvolvimento rural da Aprece afirmou que a oferta industrial ainda é limitada e o atendimento aos municípios tende a ser lento.
Sobre os pleitos dos prefeitos junto ao Governo Federal, ao longo de 2013, Nicolas destacou duas ações contempladas de combate à seca: R$ 17,35 milhões para atendimento de 34 municípios prioritários pelo Programa Água para Todos, onde cada município receberá quatro sistemas de abastecimento de água para atender comunidades rurais, com recursos descentralizados diretamente do Governo Federal.
Atrasos
Na edição do último sábado, O POVO mostrou que somente seis municípios do Ceará tiveram ações emergenciais contra a seca concluídas. Em outros 16, as obras emergenciais - prometidas para o fim de 2013 - estavam atrasadas.
FONTE O POVO ONLINE