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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Cariri: Quatro á menos, caiu de treze para nove o número de mortes violentas neste final de semana

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Polícia
"Balanço da Violência do Final de Semana"

Caiu de 13 para nove o número de mortes violentas na comparação dos dois últimos finais de semana na região do Cariri.

Neste, foram seis vítimas fatais em acidentes de trânsito e outras três mortes em crimes de homicídios. 

Os corpos necropsiados noIML (Instituto Médico Legal) foram cinco de Juazeiro do Norte e os demais de Porteiras, Jardim, Crato e Barro.

Por volta das 22h30min de sexta­feira, na Rua Manuel Tavares Lopes (Frei Damião) o menor Lucas Medeiros de Sousa, de 17 anos, que era conhecido como “Luquinhas” e morava na Rua Antonio Estevão do Nascimento, 62 naquele bairro, foi morto a tiros de revólver no abdômen e na cabeça. 

Segundo testemunhas, os autores foram dois homens que trafegavam em uma motocicleta na qual fugiram em alta velocidade pelas ruas do bairro. 

Já às 14 horas deste sábado o aposentado Iedo Campos Galvão, de 70 anos, que residia na Rua Expedito Vieira de Alcântara, 72 (Novo Juazeiro), 

foi vítima de acidente de trânsito. Ele descia do Horto no seu triciclo pela estrada nova quando o mesmo desenvolveu alta velocidade e a vítima tentou acionar o sistema de freio sem êxito.

 O veículo sobrou em uma curva e o guiador caiu batendo com a cabeça na estrada morrendo no local. 

Duas horas e meia depois populares encontraram o cadáver de Francisco Erivan Pereira dos Santos, de 26 anos, que residia na Rua da Paz, 277 (Romeirão) em um matagal no Loteamento Campo Alegre (Bairro Planalto) em Juazeiro. 

Ele estava desaparecido desde a sexta­feira e o corpo apresentava seis perfurações à bala, sendo quatro nas costas e mais duas na cabeça. 

O achado se deu perto da divisa com o município de Barbalha.

 Por volta das 19h30min, na CE­397 no Sitio Muquém zona rural de Porteiras, a agricultora Francisca Vieira Furtado, de 31 anos, que residia naquela localidade, foi atropelada por uma camionete D­20 de cor escura. 

Ela trafegava a pé na direção de sua casa que fica perto da rodovia estadual e uma equipe do SAMU ainda esteve no local, mas apenas constatou o óbito. 

O motorista seguiu adiante na sua viagem sem ser identificado. Já às 21h30min ainda deste sábado Idelfonso Bezerra da Silva, de 33 anos, que residia no Sítio Caruá na zona rural de Jardim, morreu em conseqüência de acidente de trânsito. 

Ele pilotava sua moto pela estrada de aceso ao Sítio Serra de Areia quando colidiu contra um caminhão numa curva.

A vítima ainda foi socorrida às pressas ao hospital de Jardim, mas faleceu pouco tempo após dar entrada. 

No início da madrugada de domingo um casal morreu em acidente no cruzamento da Avenida Salgueiro com a Rua Farias Brito por trás do Romeirão. 

Janilson Oliveira Lima, de 16 anos, residia na Rua Manoel Gouveia da Silva, 135 no bairro Carité, e Cícera Jéssica da Silva, de 15 anos, morava na Rua Edson Gomes de Amorim, 105 no bairro José Geraldo da Cruz, morreram no local. 

Outra garota foi socorrida em estado grave ao Hospital Regional do Cariri. O casal trafegava numa moto Honda de cor vermelha que foi abalroada por uma caminhonete S­10 de cor prata, cujo motorista fugiu.

 Às 7 horas da manhã ainda deste domingo morreu em um dos leitos do Hospital Regional do Cariri em Juazeiro o aposentado Francisco Fidélis do Nascimento, de 77 anos, que residia na Rua Santa Isabel, 363 no bairro Bela Vista em Crato. 

O mesmo se envolveu em um acidente de trânsito no dia 4 de julho e terminou socorrido ao Hospital São Francisco onde faleceu mais de um mês depois. 

Por volta das 13h30min Marcos Antonio Ferreira, de 42 anos, morreu na UTI do Hospital Santo Antonio de Barbalha. Ele residia no município de Barro e foi vítima de homicídio por.

espancamento. No último dia 25 de julho populares o encontraram com ferimentos na cabeça e agonizando numa praça quando ligaram para a polícia.

O mesmo foi socorrido em ambulância do SAMU com suspeita de traumatismo craniano, mas faleceu 15 dias depois em virtude da gravidade dos ferimentos.


Conexão Brasília-Ceará desta segunda-feira dia 10 de agosto

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Política
'Áudio com Donizete Arruda"


Na Conexão Brasília-Ceará desta segunda-feira (10), Donizete Arruda comenta o resultado da reunião entre a presidente Dilma Rousseff e a coordenação política. Em meio a crise no governo, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) se fortalece, e aguarda desfecho dos pedidos de impeachment apresentados na Câmara.

Caminho aberto para os Ferreira Gomes no PDT. Em reportagem publicada no Diário do Nordeste deste final de semana, Ciro Gomes faz críticas ao governo da presidente Dilma e admite disputar a Presidência da República em uma provável eleição antecipada. 

Essas e outras informações na edição desta segunda-feira da Conexão Brasília-Ceará. 
Ouça no player abaixo:


Fonte Ceará News 7



domingo, 9 de agosto de 2015

‘Eu temo que Dilma renuncie’, diz frei Betto

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Política
"Frei Betto"


Frei Betto: 'Me pergunto se ela vai aguentar o baque psicológico de três anos e meio com menos de 10% de aprovação'
Frei Betto: 'Me pergunto se ela vai aguentar
 o baque psicológico de três anos e meio
 com menos de 10% de aprovação'
 (Foto: Divulgação)
Amigo da presidente e do ex-presidente Lula, Frei Betto diz considerar a democracia brasileira consolidada e, por isso, não se preocupar com o impeachment. ‘A minha pergunta é outra. É se a Dilma, pessoalmente, aguenta três anos pela frente’
Conhecido como grande amigo da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, de quem foi até assessor especial no início do mandato, Carlos Alberto Libânio Christo, ou simplesmente frei Betto, admitiu temer pela renúncia da petista. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ele disse que ainda espera o PT se manifestar sobre a existência ou inexistência do mensalão.
“A minha pergunta íntima hoje não é o impeachment [...] É se a Dilma, pessoalmente, aguenta três anos pela frente”, afirma ele. “Ou ela dá uma mudança de rota [...] ou ela pega a caneta e fala ‘vou pra casa, não dou conta’. Eu tenho esse temor”, completa.
O frei dominicano considera o governo petista como “o melhora da história republicana”, mas não deixa de fazer duras críticas ao partido. “Trocou um projeto de Brasil por um projeto de poder”. E comenta sobre a atual gestão: “Eu não sei o que de positivo a Dilma fez de janeiro para cá”.
Quanto à Operação Lava Jato, Frei Betto a avalia como “extremamente positiva”. Ele se disse “indignado” com a notícia de que o ex-ministro José Dirceu fez uma vaquinha para pagar a multa da condenação do mensalão enquanto que, paralelamente, ganhou indevidamente R$ 39 milhões com os esquemas de corrupção da Petrobras.
Confira a entrevista da Folha de S.Paulo:
Estão convocando mais uma manifestação contra Dilma para o dia 16. A principal pauta, ou uma das principais, é o impeachment de Dilma. O que acha?
Eu acho que manifestação é sinal da democracia. Pena que a esquerda aprenda com a direita algumas coisas ruins que a direita faz. Deveria aprender as coisas boas –as poucas coisas boas– que a direita faz. Como convocar manifestações para domingo, não para o dia de semana, o que a esquerda tem feito [uma outra manifestação, com apoio do PT, deve ocorrer no dia 20, uma quinta]. Dia de semana? Uma burrice. Atrapalhando o trânsito, como naquela música do Chico Buarque. Não tem sentido, né? Faz no domingo, não tem escola, as pessoas podem sair de casa, estão disponíveis. Pena que a esquerda não aprenda com a direita as coisas boas.

E o impeachment?
Olha, a minha pergunta íntima hoje não é o impeachment. Eu acho que democracia brasileira está consolidada, não há motivo para impeachment. A minha pergunta é outra. É se a Dilma, pessoalmente, aguenta três anos pela frente. Eu temo que ela renuncie.

O senhor tem algum sinal disso?
Não. É puramente subjetivo. Mas temo que ela renuncie. Ou ela tem uma mudança de rota ou eu me pergunto se ela vai aguentar o baque psicológico de três anos e meio [pela frente] com menos de 10% de aprovação, com 71% dizendo que o governo é ruim ou péssimo. Isso é um sinal de que você não está agradando nada. Não adianta fazer cara de paisagem. Alguma coisa tem de ser feita. Ou ela dá uma mudança de rota, muda a receita do ajuste etc., ou ela pega a caneta e fala “vou pra casa, não dou conta”. Eu tenho esse temor.

Há um relato, publicado anos atrás pelo jornal “Valor”, de que no auge da crise do mensalão, em 2005, a Dilma, ministra da Casa Civil, teria sugerido ao Lula que renunciasse.
Eu não acredito nisso. Até porque o Lula saiu com 87% de aprovação.

Depois, né? Naquele instante, quando Duda Mendonça foi à CPI dizer que tinha sido remunerado no exterior com dinheiro de caixa dois do PT, ninguém imaginava que o Lula iria recuperar a popularidade do jeito que recuperou.
É… Se isso é verdade [a sugestão de Dilma para Lula renunciar], reforça o meu receio.

No cenário atual, que combina crise política com estagnação econômica, denúncias de corrupção e baixa popularidade de Dilma, o que mais atormenta o senhor?
O Brasil está vivendo uma notória insatisfação, não só com o governo. Insatisfação com a falta de utopias, de perspectivas históricas, de ideologias libertárias. Desde 2013, quando houve aquela grande manifestação atípica. Porque não houve nenhum partido, nenhuma liderança, nenhum discurso [em junho de 2013]. E foi uma enorme manifestação em que as pessoas protestavam, havia protesto, mas não havia proposta. Isso chamou muito a minha atenção. E quando –isso é até terapêutico– a gente entra em amargura e não vê solução, não vê saída, a gente não consegue equacionar racionalmente o que está vivendo. Não consegue buscar as causas e as perspectivas. Fica tudo no emocional. Eu tenho dito a amigos que a minha geração viveu grandes divergências políticas na ditadura, mesmo entre a esquerda, divisão se siglas de A a Z. Mas o debate era racional. Debatia-se em cima de projetos, programas, perspectivas históricas. Hoje, o debate é emocional. É como briga de casal em que o amor acabou. Equivale a acelerar o carro no atoleiro de lama: quanto mais acelera, mais se afunda na lama. Estamos vivendo isso.

E o governo?
O governo, que eu considero o melhor de nossa história republicana –os dois do Lula e o primeiro da Dilma– teve grandes méritos, como a inclusão econômica de 45 milhões de brasileiros; e teve grandes equívocos, como a não inclusão política. Ao contrário do que a Europa fez no começo do século 20, o governo do PT propiciou, ao conjunto da população brasileira, acesso aos bens pessoais, quando deveria ter iniciado pelo acesso aos bens sociais. A metáfora que utilizo é o barraco da favela. Ali dentro a família tem computador, celular, toda a linha branca, fogão, geladeira, micro-ondas, e, no pé do morro, tem um carrinho, devido à facilidade do crédito. Mas a família está na favela. Não tem saneamento, não tem moradia, não tem transporte, não tem saúde, não tem educação, não tem segurança. Resultado: criou-se uma nação de consumistas, não de cidadãos.

O senhor falou em melhor governo da história republicana e mencionou os dois mandatos do Lula e o primeiro da Dilma. E o segundo da Dilma?
Esse segundo, até agora, eu não tenho nenhuma notícia boa para dar. Eu não sei o que de positivo a Dilma fez de janeiro para cá. Gostaria que alguém dissesse. O ajuste é necessário? É necessário. Mas o ônus é só sobre o trabalhador. E fica a dúvida se vai dar certo. É um país com um mercado interno fantástico, mas que mantém a síndrome colonial de que a gente tem de ser exportador de matéria prima, que deram o nome agora de commodities. Equívocos. E o governo terceirizou a política para a troica do PMDB –Temer, Cunha e Renan– e terceirizou a economia nas mãos de um economista, o Joaquim Levy, notoriamente um eleitor do Aécio Neves. Realmente fica difícil de acreditar que esse é um projeto do PT. Nunca fui militante do partido, devo dizer isso. Também não sou fundador, como alguns dizem por aí. Sempre fui eleitor. Mas nas últimas eleições eu tenho dividido meu voto entre PT e PSOL.

O governo Lula foi um dos mais populares da história, e Dilma foi reeleita há menos de um ano. Por que o humor mudou?
Agora as pessoas estão com muita raiva porque não podem mais viajar de avião como estavam viajando; comprar ou alugar um melhor domicílio, como estavam fazendo; adquirir crédito sem juros altos; ir à feira com R$ 20 e voltar com a sacola cheia. Então a falha foi de quem? Na minha opinião, a falha foi do governo que tinha a faca e o queijo na mão para poder realizar aquele projeto mais original do PT, que era organizar a classe trabalhadora. Leia-se: dar uma consistência política à nação brasileira, principalmente às novas gerações. Isso não aconteceu.

Por que, na sua interpretação, as coisas sob o PT se desenvolveram dessa forma, a opção pela promoção do consumo, e não da outra?
Porque o PT perdeu o horizonte histórico. O horizonte que ele tinha nos seus documentos originários. De transformação, de realizar as reformas relevantes.

Mas em que instante isso se perdeu?
Ah, no momento em que chegou ao poder. Foi quando ele trocou um projeto de Brasil por um projeto de poder. Manter-se no poder passou a ser mais importante do que realizar as reformas importantes e necessárias para o país. Como a reforma agrária, a tributária, a educacional, a sanitária etc. Em 12 anos, a única reforma que nós temos é a anti-reforma política do Eduardo Cunha (atual presidente da Câmara).

Por quê o PT não fez essas reformas?
É porque tinha medo de perder aliados, não soube assegurar a governabilidade pelo andar de baixo. Procurou assegurar pelo andar de cima. Se tivesse seguido o exemplo do Evo Morales (presidente da Bolívia), que hoje tem 80% de aprovação, é o segundo presidente mais aprovado da América Latina, depois do presidente da República Dominicana. No início ele não tinha apoio nem do mercado nem do Congresso; buscou assegurar a governabilidade por meio dos movimentos sociais. Hoje ele tem apoio dos três.

Teve medo de adotar esse caminho?
Foi uma estratégia equivocada de se manter no poder. “Vamos fazer aliança com quem tem poder, nós estamos no governo”. Uma coisa é estar no governo, outra é estar no poder. Isso deu certo por um tempo. Só que há uma questão aí de classe que é arraigada na estrutura social brasileira. E de repente os setores conservadores, vendo que não há proposta, vendo que não há perspectiva histórica, resolveram avanças. É este instante. Até o Lula foi vítima agora. Não de um atentado político. Mas de um atentado terrorista. Isso [uma bomba lançada no Instituto Lula dias atrás] é um atentado terrorista. Jogar uma bomba em cima de um domicílio que está carregado de simbolismo político é um atentado terrorista. Se isso estivesse acontecido na sede do partido Democrata dos Estados Unidos –ou no escritório do Bill Clinton (ex-presidente dos EUA), uma boa comparação– no dia seguinte o mundo inteiro estaria dizendo: “Bill Clinton sofre atentado terrorista”. Evidente que a imprensa brasileira não quis dar destaque, uma certa imprensa. Por um lado alguns chegaram a insinuar que o próprio PT teria feito essa bomba para tentar vitimizar o Lula e o partido. O mais grave é isso. Não se deu o devido destaque talvez porque não interessa. Só interessa que o Lula venha a aparecer como o acusado da Lava Jato, não como vítima de um atentado terrorista.

O senhor é amigo do Lula, tem essa relação histórica. Virou alvo de hostilidades?
Uma coincidência. Eu fiz dois lançamento de livro na última semana, um no Rio, na segunda, e outro em Belo Horizonte, na terça. Nos dois o pessoal da direita foi lá para perturbar.

O que fizeram?
No Rio foi um oficial de corveta da Marinha, segundo ele, dizer que estava me levando um abraço do Olavo de Carvalho. Eu disse: “Abraço de urso, pode devolver”. Olavo de Carvalho considera a Rede Globo comunista; o papa Francisco, então, não é nem comunista para ele, é a encarnação do diabo. E no fim o cara já estava dizendo “ah, você é um frade de araque”. Aí eu falei que não admitia, falei “ponha-se para fora daqui”. Então os amigos, as amigas principalmente, enxotaram o cara. Em Belo Horizonte foi o pessoal do movimento patriota, com cartazes anti-comunistas e um livro pesadão chamado “O livro negro do comunismo”. Foram para aprontar, mas ali também a turma, meus amigos de lá, intervieram e eles não conseguiram fazer.

Ex-ministros foram xingados em restaurantes também…
Exatamente. Estamos vivendo uma onda raivosa. É por falta de consciência política da nação, de conscientização. Os partidos viraram partidos de aluguel, a política se mediocrizou e a Lava Jato está expondo os poderes de como se move o poder no Brasil, entre as benesses políticas e as conquistas econômicas.

O senhor disse que o PT, ao chegar ao poder, não seguiu o que diziam seus textos originais. O senhor classifica isso como uma traição?
Não. Não é traição.

Não?
Não. Eu considero isso um desvio de rota.

O senhor disse que não aplicou os textos originais.
Sim, é isso que eu falei. Mas traição, para mim, é outra coisa, é uma palavra que tem um peso muito grande, não se adequa ao que estou dizendo, ao meu discurso. O que considero é que houve um desvio de rota. Trocou-se o projeto de Brasil, uma mudança de estrutura. Trocou-se a reforma agrária e outras, que eram consideradas prioritárias, por um projeto de preservação no poder. Aquilo que o próprio Lula chegou a dizer na reunião com religiosos. Eu não estava nesse reunião. Ele disse: “o PT só pensa em cargos”. Ele disse a mesma coisa, mas em outras palavras. Isso eu analisei em dois livros, “A mosca azul” e “O calendário do poder”. Foi o meu balanço.

E o que seria uma traição?
Eu não sei porque você está falando em traição.

Ué, o senhor disse que não considera uma traição. No seu entender, o que configuraria uma traição?
Traição seria se o PT tivesse… chamado o FMI para administrar o Brasil. Sei lá. Se tivesse priorizado as relações com os Estados Unidos. Se tivesse deixado de fazer a Comissão da Verdade.

Eu li recentemente que o senhor teve uma conversa longa com o Lula…
Sou amigo do Lula, sou amigo da Dilma.

Sim, mas o senhor colocou para eles desse jeito?
Claro, desse jeito. Eu coloco publicamente. Eu fui lá conversar com a Dilma em 26 de novembro, com Leonardo Boff e outros. Entregamos um texto nas mãos dela. Ficamos 1 hora e 10 minutos. Estava ela e [Aloizio] Mercadante (ministro da Casa Civil).

E como eles reagem a esse tipo de crítica?
Eles aceitam. Agradecem: “obrigado por vocês terem vindo aqui, vamos ver se podem voltar em seis meses para conversar”. Mas fica nisso. E depois fazem tudo diferente. Sabe? O que você quer que eu faça? Deite e chore? Foi uma conversa ótima. Aí ela aceitou tudo aquilo, a gente falando da importância de reforma agrária, de quilombos, de povos indígenas, o papel da mulher, programas sociais, não poder fazer cortes em setores como educação e saúde. Aí respondem tudo: “é, é isso mesmo, também estou pensando…” E está lá. O texto está lá, tenho decorado na minha cabeça. Eu tenho uma boa relação com os dois [Dilma e Lula]. Eu falo tudo. Eles aceitam. O Lula também. Às vezes fala que a culpa de não é dele, a culpa é não seu de quem, é do partido, é da Dilma, é da conjuntura; e aí também fala “mas a gente também fez…”.

E continua tudo igual?
Eu tenho uma vantagem que é seguinte: eu sou um um sujeito que tem poucas vaidades. Uma delas é ambição zero. Aliás eu lembrei isso pro Lula. Eu falei: “Lula, você me conheceu em 1979, o padrão de vida que eu tinha é o padrão de vida que eu tenho. Eu moro no mesmo quartinho no convento, se você quiser eu te mostro, moro no mesmo lugar, tenho o mesmo carro Volkswagem, enfim, não mudei nada. Agora, eu fico espantado com companheiros que a gente conheceu lá atrás e que hoje tem um… sabe?”. Então teve um descolamento da base. O PT perdeu os três grandes capitais que ele tinha. Que eram ser o partido dos pobres organizados –porque hoje ele tem eleitores, não tem militantes, ele tem de pagar rapazes e moças desocupadas para segurar bandeirinha na esquina, quando tinha uma militância aguerrida voluntária. Perdeu esse capital. O segundo capital que ele perdeu é o de ser o partido da ética. Não é? A ideia do “não seremos como os demais”. E o terceiro capital era o de ser o partido da mudança da estrutura do Brasil. Não fez nenhuma mudança estrutural. Fez muita coisa? Fez. Programas sociais; Bolsa Família, embora eu discorde –o Fome Zero era emancipatório, foi trocado pelo Bolsa Família, compensatório–; programas da educação; cota; Fies; uma série de coisas excelentes. Política externa nota 10, na minha opinião, mas sem sustentabilidade.

E meio ambiente?
Ah, aí faltou muito. Aí eu dou nota… seis. Defesa da Amazônia, não trabalhou suficientemente na questão do meio ambiente.

O senhor falou desse espanto da mudança dos ex-companheiros. Como vê, especificamente, o caso do ex-ministro José Dirceu?
Eu acho um abuso você prender um preso. O cara estava preso, mandaram prender novamente. Não precisava. Aquela coisa: transfere, Polícia Federal, televisão. Eu acho isso um abuso de autoridade. Embora eu ache a Lava Jato extremamente positiva –era preciso vir uma apuração da corrupção no Brasil séria como tem sido feita–, tem coisas que me desagradam. O partido mais envolvido é o PP. Mas parece, na opinião pública, que é só o PT. Segundo: por que é que vazam todos os conteúdos em relação ao PT e porque é que vazam exclusivamente para a revista “Veja”? É chamar a gente de idiota. Ou seja: há uma operação política por trás, de abuso desse processo. Que é um processo sério de apuração da corrupção no Brasil.

Mas e o caso específico do José Dirceu?
Eu nunca me pronunciei, você não vai encontrar uma palavra minha em entrevistas, nos artigos, dizendo se houve ou se não houve mensalão. Eu estou esperando o PT se posicionar. Se houve ou se não houve. E fico indignado pelo fato de o partido não se posicionar. E não se posicionar diante de uma figura tão importante do partido como ele [Dirceu]. Então não tenho meios de julgamento. Que eu sei que há corrupção na política brasileira, sei. Mas eu não tenho provas. Eu saí do governo sem perceber se havia mensalão. Saí em dezembro de 2004, o mensalão apareceu em maio de 2005. Várias pessoas me perguntaram: “você tinha algum indício?” Nenhum. Não vi nenhum indício.

Um aspecto que chamou a atenção é que o José Dirceu faturou R$ 39 milhões com a sua consultoria, parte disso no instante em que estava preso, foi um argumento para essa nova prisão, mas coincide também com aquela vaquinha para pagar a multa do mensalão.
Pois é. Eu fico indignado. Se é verdade que ele tem tantos milhões na conta, eu não posso entender como é que ele promoveu a vaquinha. Aliás, tenho amigos que contribuíram com a vaquinha. Estão sumamente indignados. Eles se sentem lesados.

O ex-presidente Lula já falou criticamente sobre o afastamento entre o PT e os movimentos sociais. Por que ocorreu isso?
Ocorre no momento em que o PT faz a opção da “Carta ao Povo Brasileiro”, no primeiro governo do Lula. Era uma carta aos banqueiros e empresários. Ali ficou sinalizado: “queremos assegurar a governabilidade via elite, não via a nossas origens, que são os movimentos sociais”. Aí cria-se o Conselhão, para o qual são chamados líderes dos movimentos sociais. Acontece que só o empresariado tinha voz e vez ali dentro. E aos poucos esses líderes [dos movimento sociais] foram todos deixando. E depois o Conselhão, que era um conselho de consulta e debate, passou a ser um mero auditório de anuência dos anúncios da Presidência. E hoje ele sequer existe. Ou seja, esse diálogo mínimo com a sociedade civil… É o que a Dilma deveria fazer. Ela deveria criar um conselho político. Porque isso não é um gesto de extrapolação. Está previsto na Constituição de 1988, está normalizado isso. O Lula fez. Não como deveria. Deveria ter sido mais democrático, o pessoal dos movimentos sociais deveria ter mais espaço, mas ele fez. Nessa crise, não adianta a Dilma passar a mão na cabeça do Temer. Ela tinha que ouvir a sociedade. Tem de sair do palácio, sair da toca.

Perde contato com a realidade?
Outro dia eu fui para Irati, no Paraná, 14º encontro de agroecologia. Eram 4.000 pequenos agricultores do Brasil. A Dilma ia. A Dilma não foi. Ela não tem ideia do que ela perdeu ali. Lá, quando eu cheguei, dizia-se que era o mau tempo. Não é verdade porque o Patrus (Ananias) foi. Então se o jatinho da FAB do ministro desceu, o jatão da presidenta poderia descer. Mas não importa. Não foi. Então ela tem de sair da toca, dar a volta por cima. Ela está acuada. Não encara a nação, não vai nos movimentos sociais.

Medo de ser vaiada?
Não pode ter medo. Uma figura pública, medo de nada. Tem de ir, se expor. Não tem como. Você é uma pessoa pública. O Lula promoveu não sei quantos daqueles conselhos nacionais de saúde, de educação. Era hora da Dilma fazer isso. Está aí o PNE, o Plano Nacional de Educação. Era para ter um debate sobre a implantação do PNE. No entanto, a notícia que a gente recebe é de cortes na educação. Ainda mais usando o lema que ela achou, “pátria educadora”. Isso tudo explica porque é tão baixa a aprovação dela.

O senhor é religioso. Que avaliação faz do avanço eleitoral e, principalmente, do comportamento da bancada evangélica no Congresso?
Penso que está sendo chocado o ovo da serpente. Uma das conquistas da modernidade, importantíssima, é a laicização do Estado e dos partidos. Essa bancada está querendo confessionalizar a política. Explico: eu sou padre ou pastor de uma igreja que considera pecado o cigarro e a bebida alcoólica; e tenho a veleidade que toda a população nem tome bebida alcoólica nem fume. Eu só tenho dois caminhos. O primeiro é converter toda a população à minha igreja; isso é impossível. Mas o segundo é possível: eu chegar ao poder e transformar o preceito da minha igreja em lei civil. Como aconteceu nos EUA nos anos 20. E eu temo que o projeto deles seja esse, de confessionalização da política. Uma forma de fundamentalismo tupiniquim, altamente perigoso.

Exemplo?
Isso vai se manifestar agora no debate sobre ensino religioso. Minha postura é simples: colégio religioso tem de ensinar religião da entidade mantenedora, se é católico, judeu ou protestante. Bom, tem muito colégio religioso que é mera empresa escolar. Aliás, os políticos mais corruptos do Brasil saíram todos de colégios religiosos. É de se pensar: que diabo andaram fazendo, que evangelização era essa? Mas, voltando, no ensino público ou no particular laico, tem de ter o ensino das religiões. Ou você pega o professor de história, que é qualificado para isso, ou você chama o padre para falar do catolicismo, o pastor para falar do protestantismo, o médium para falar do espiritismo, o pai de santo para falar do candomblé. Mas não dá para pedir para o padre contar o que é o espiritismo, porque aí vai ter preconceito. O que eles estão propondo aí é transformar os colégios em caixa de ressonância de pregações fundamentalistas, tipo criacionismo contra o evolucionismo. Isso é danoso à nossa cultura, à nossa história, à nossa religiosidade.

E, na sua avaliação, porque os evangélicos cresceram eleitoralmente?
Para entender isso é preciso recorrer a um livro do início da modernidade, fim da Idade Média, chamado “Discurso da Servidão Voluntária” (Etienne de la Boëtie, 1530-1536). Mostra como é que a cabeça de associação de pessoas é feita, de maneira que elas perdem totalmente a consciência, o livre arbítrio, e se tornam cordeirinhos de qualquer um que queira manipulá-las. É isso. Muitas igrejas transformam seus fieis em cordeirinhos que, ameaçados pela teologia do medo, acabam seguindo a voz do pastor naquilo que ele dita.

Nas últimas décadas, igrejas evangélicas tiraram, efetivamente, muitos seguidores da Igreja Católica. Basta ver o Censo. É notável também que, de maneira geral, o evangélico parece hoje bem mais militante que o católico. É praticante. Qual é a sua explicação para esse fenômeno?
Aí são dois fatores. Estudos estão mostrando isso: quando havia Comunidades Eclesiais de Base havia menos evasão para as igrejas evangélicas. Acontece que o papa João Paulo 2º e depois o papa Bento 16 fragilizaram as CEBs. Então hoje, o porteiro do prédio daqui da esquina, a cozinheira da vizinha, a faxineira, elas não se sentem bem na Igreja Católica. Se sentiriam nas Comunidades Eclesiais de Base, mas elas foram desmobilizadas pela própria igreja, com medo se ser Teologia da Libertação, influência marxista, progressista. Agora, com o papa Francisco, elas estão renascendo.

Estão mesmo? Há sinais disso?
Estão. Teve um sinal bom em 2014, em janeiro, quando teve o 14º encontro das CEBs em Juazeiro do Norte, eu estava lá, e o papa mandou um documento saudando, foi muito importante. E apareceram 73 bispos. Há muito tempo não apareciam tantos. Porque aí elas estavam no sinal amarelo –elas nunca foram condenadas–, mas estavam no sinal amarelo e agora passou para o verde. Agora, ainda você não tem o corpo, como tinha nos anos 70 e 80, de bispos que invistam nisso. Ainda não tem. Os bispos que temos aí ainda são todos os pontificado anterior: 36 anos de João Paulo 2º e Ratzinger. A segunda razão é aquilo que o papa Francisco denunciou na Jornada Mundial da Juventude. Houve uma burocratização da fé. Uso a seguinte imagem: Se você for às 3h da madrugada numa igreja evangélica, você é acolhido, tem alguém lá para te atender. Se você for às 3h da tarde numa católica, está fechada, tem uma grade, o padre não se encontra e não tem nenhum leigo autorizado, como tem nas evangélicas, para te orientar e te acolher. Não dá para competir. Eles sabem fazer um trabalho personalizado. Olha os cinemas que se transformam em templos. Sabe como eu chamo isso? A boca canibal de Deus. Né? Está ali na calçada; é só passar e ser sugado (risos). Na igreja Católica, não. São distantes. Como é que uma igreja evangélica começa? O pastor vai lá e aluga uma salinha de escritório. Põe lá uma dúzia de cadeiras, uma mesa e pronto, vira um mini-templo. E aí vai crescendo, porque o dinheiro entra. A igreja Católica deveria aprender muita coisa boa com as evangélicas.

Fonte: Congresso em Foco


Juazeiro do Norte CE: Mês de agosto já contabiliza 6 homícídio em apenas 9 dias.

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Erivan estava desaparecido desde á ultima sexta - ­feira (7)
Foto: Reprodução Site Miséria

A matança continua em Juazeiro do Norte, já foram contabilizados 6 mortes violentas em apenas 9 dias do mês de agosto sendo 77 neste ano na terra de Padre Cícero, o ultimo trata se de um corpo de um homem crivado de balas encontrado por populares, em um matagal.

situado no loteamento campo Alegre, no Bairro Planalto, já perto da divisa com o município de Barbalha. 

Á polícia foi avisada e esteve no local, mas a identificação da vítima só aconteceu horas depois no Instituto Médico Legal (IML) de Juazeiro do Norte. 

Tratava­ se de Francisco Erivan Pereira dos Santos, de 26 anos. Ele residia na Rua da Paz, 277 no bairro Romeirão em Juazeiro e, segundo familiares, estava desaparecido desde a ultima sexta - ­feira (7). 

O corpo apresentava seis perfurações à bala, sendo quatro nas costas e mais duas na cabeça. 
   

Com Informações Site Miséria

sábado, 8 de agosto de 2015

Seis radialistas que cobriam política foram assassinados no Ceará nos últimos cinco anos ­

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"Violência"

Em seu programa, o radialista Gleydson Cardoso
fazia denúncias contra políticos da região
 (Foto: reprodução/Facebook)

A morte do radialista Gleydson de Carvalho, executado durante a apresentação de seu programa na Rádio Liberdade, em Camocim, trouxe à tona um problema já conhecido: os assassinatos a radialistas do interior do Ceará. 

Nos últimos cinco anos, seis casos foram registrados. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) já solicitou providências sobre o assunto ao Ministério da Justiça, em Brasília. 

Os radialistas mortos tinham como tema de seus programas assuntos de cunho sociais e políticas. 

Alguns assassinatos são investigados como represálias ao que os radialistas sofriam pelo que diziam no ar. Esta já é a terceira morte de radialista registrada no interior do Ceará neste ano. 

Em junho, Francisco Rodrigues de Lima, de 62 anos, foi assassinado no estacionamento da rádio em que trabalhava, em Pacajus. 

Em março, a vítima foi Patrício Oliveira, que foi morto na saída da rádio onde trabalhava, em Brejo Santo. 

Em 2013, Mafaldo Bezerra Góis foi morto quando saía de sua casa para a rádio em que trabalhava, em Jaguaribe. 

Em 2011 dois casos foram registrados, o de Francisco Cidimar Ferreira Sombra, em Russas, e Franzé Rodrigues, em Morada Nova, ambos mortos dentro de suas casas. 

Investigação Na madrugada desta sexta­feira (7), a Polícia encontrou a casa onde a execução do radialista foi planejada. No local, foram encontradas roupas usadas pelos criminosos e uma foto da vítima, juntamente com uma arma. 

No local, um casal foi preso por envolvimento no crime. Agora, a polícia segue à procura dos executores. 

O corpo do radialista Gleydson Cardoso de Carvalho, de 36 anos, chegou em Camocim por volta de 11h e teve velório aberto ao público. 

O sepultamento deverá ocorrer neste sábado (8), em horário e local a serem definidos por familiares, pois muitos ainda estão em trânsito, vindos de Pernambuco e Rio Grande do Norte. 

Repercussão 

Na manhã desta sexta­feira (7), o governador do Ceará Camilo Santana concedeu entrevista ao programa Alerta Geral, da Rádio Somzoom Sat, e lamentou a morte do radialista. 

Também determinou ao Secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS­CE), Delci Teixeira, que a execução de Gleydson Carvalho fosse devidamente investigada, apurada e que os culpados fossem presos. 

O chefe de estado reafirmou a sua ordem para que os caso seja solucionado pelas forças de segurança do estado. A Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acert) registra o seu profundo pesar pela morte do radialista Gleydson Carvalho, atingido a tiros no exercício de sua profissão na Rádio Liberdade FM 90,3.

“O ato de violência perpetrado atingiu não somente a pessoa do Radialista, mas à liberdade de expressão de todos os brasileiros; devendo, portanto, ser punido com a maior severidade”, informa em nota. 

Como a motivação dos crimes, muitas vezes, envolve a veiculação de notícias que desagradaram políticos, autoridades e empresários locais, o Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) defendem que as investigações destes crimes sejam feitas pela Polícia Federal. 

O Sindjorce manifesta sua indignação com a morte do profissional e pai de família, ao mesmo tempo em que cobra da Polícia cearense a investigação deste e dos demais casos, com a devida prisão dos.

culpados e punição pela Justiça. “Aproveitamos para nos solidarizar à família neste momento de perda irreparável”, declarou em nota.

Fonte: Tribuna do Ceará


Casa da Moeda participa da cerimônia da contagem regressiva para os Jogos Rio 2016

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Econômia
"Novas Moedas,R$ 1, R$ 5 e R$ 10"

Banco Central, lança Moedas comemorativas
 de R$ 1, R$ 5 e até 10 Reais Para olimpiadas
no Rio de Janeiro, 2016 (Foto: Divulgação
Na Ultima quarta-feira, (05/08), foi realizada a cerimônia da contagem regressiva para os Jogos Rio 2016, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. O evento contou com a presença da presidente Dilma Rousseff, de Eduardo Paes (Prefeito do Rio de Janeiro), Carlos Arthur Nuzman (Presidente do Comitê Rio 2016 e do Comitê Olímpico Brasileiro), de Thomas Bach (Presidente do Comitê Olímpico Internacional - COI), George Hilton (Ministro dos Esportes) e Nawal El Moutawakel (Presidente do Comitê de Coordenação do COI) e de atletas Olímpicos de várias gerações. 
A Casa da Moeda foi representada pelo Diretor de Cédulas e Moedas, Paulo Ricardo Ferreira; pela Diretora de Passaportes e Impressos, Lara Caracciolo; pelo Assessor da Diretoria de Cédulas e Moedas, Antonio Sérgio Ribeiro; e pelo Gerente Executivo da Divisão de Marketing, Vinícius Pinheiro.
A Casa da Moeda do Brasil é fornecedora oficial dos Jogos Rio 2016 e tem um papel importante para a realização do evento: todo o processo de produção de medalhas olímpicas, medalhas paralímpicas, medalhas de participação, diplomas de premiação, certificados de participação e certificados comemorativos serão feitos pela Casa da Moeda.
O Presidente Francisco Franco e os diretores da Casa da Moeda (CMB) participaram nesta quinta-feira, dia 6 de agosto, do lançamento do terceiro conjunto de moedas comemorativas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. As nove moedas - uma moeda de ouro, quatro de prata e quatro de circulação comum – foram fabricadas pela CMB. O programa compreende ao todo 36 moedas, que serão lançadas até 2016.
Todos os projetos foram desenvolvidos pelas equipes do Banco Central e da CMB, com o suporte técnico do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
O evento aconteceu no Maracanã e contou também com a presença do chefe do meio circulante, João Sidney, e o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, entre outros.
"Para realizar esses lancamentos, investimos nos setores de design, matrizes e engenharia metalúrgica, e adquirimos novos equipamentos para o nosso parque fabril", ressaltou Franco.
A moeda de ouro homenageia o Cristo Redentor e a Luta Olímpica, um dos esportes que representa o lema olímpico “Citius, Altius, Fortius” (mais rápido, mais alto, mais forte).
As moedas de prata apresentam paisagens onde o carioca pratica esportes como o remo, corrida, ciclismo e vôlei de praia. Os reversos contêm imagens da cultura e da natureza do país: Mico-leão-dourado, Orquídea, Sambódromo e Forró. Elas dão continuidade às quatro séries temáticas: Fauna, Flora, Arquitetura e Música Brasileira, respectivamente.
Os esportes Olímpicos e Paralímpicos são os destaques das moedas de R$ 1 de circulação comum. Neste lançamento, Futebol, Voleibol, Judô e Atletismo Paralímpico representam alguns dos esportes em que o Brasil conquistou mais medalhas nos jogos.
As moedas de R$ 1 entrarão em circulação pela rede bancária e uma parte será vendida em embalagens especiais para coleção. Também será iniciada a comercialização de cartelas com conjuntos de quatro moedas de circulação comum. São três cartelas diferentes, contendo as moedas de cada um dos três lançamentos realizados.
Elas poderão ser adquiridas no site do Banco do Brasil por meio de boleto bancário ou, no caso de correntistas do BB, débito em conta. As moedas também estarão à venda nas agências do BB relacionadas abaixo, onde o pagamento deve ser feito em dinheiro.
Moeda de ouro:

Valor de face: 10 reais
Composição: ouro 900/1000
Diâmetro: 16mm
Peso: 4,4g
Bordo: serrilhado
Acabamento: proof
Tiragem máxima: 5 mil
Tiragem inicial: 4,5 mil
Preço de venda: R$1.180,00
Moedas de prata:
Valor de face: 5 reais
Composição: prata 925/1000
Diâmetro: 40mm
Peso: 27g
Bordo: serrilhado
Acabamento: proof
Tiragem máxima por moeda: 25 mil
Tiragem inicial por moeda: 18 mil
Preço de venda: R$195,00
Moedas de circulação comum:
Valor de face: 1 real
Composição: aço inox (núcleo) e aço revestido de bronze (anel)
Diâmetro: 27mm
Peso: 7g
Bordo: serrilhado
Acabamento: comum (moedas distribuídas à rede bancária) ou brilliant uncirculated (moedas em cartelas)
Tiragem máxima por moeda: 20 milhões
Quantidade inicial em cartelas individuais: 10 mil
Quantidade inicial em cartelas de 4 moedas: 5 mil
Preços de venda:
- moeda em cartela individual: R$ 13,00
- cartela com 4 moedas: R$ 45,00
Agências do BB:
Belém (PA) – Rua Santo Antonio, 432 – Campina; Curitiba (PR) – Av. Cândido de Abreu, 554 – Centro Cívico; Fortaleza (CE) - Av. Heráclito Graça, 1500 – Aldeota; Porto Alegre (RS) – Rua Sete de Setembro, 790 – Centro; Rio de Janeiro (RJ) – Rua da Quitanda, 60 – Centro; São Paulo (SP) - Av. Paulista, 2163 – Cerqueira Cesar
Agências do BB em Dependências do BC:
Brasília (DF) - SBS, quadra 3, bloco B, 2.º subsolo; Belo Horizonte (MG) - Av. Álvares Cabral, 1605 – 2º subsolo – Santo Agostinho; Recife (PE) – Rua da Aurora, 1259 – Santo Amaro; Salvador (BA) - Av. Anita Garibaldi, 1211 – Ondina. 

Contagem regressiva: Um ano para os Jogos Rio 2016

Em 05/08/2015
A partir de hoje, faltam 365 dias para o início dos Jogos Rio 2016, em 5 de agosto de 2016, uma sexta-feira.
Se há 10 anos parecia improvável conseguir trazer os jogos olímpicos e paralímpicos para a América do Sul, agora o sonho de receber atletas dos cinco continentes de diferentes modalidades esportivas virou realidade.
A Casa da Moeda do Brasil é fornecedora oficial dos Jogos Rio 2016 e tem um papel importante para a realização do evento: todo o processo de produção de medalhas olímpicas, medalhas paralímpicas, medalhas de participação, diplomas de premiação, certificado de participação e certificados comemorativos será feito pela CMB.

Com Informações Site da Casa da Moeda do Brasil


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Sonda da Nasa flagra 'figura de mulher' em Marte

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Ciência
Mais um episódio de "Além da Imaginação"?

Sonda da Nasa flagra 'figura de mulher' em Marte
Foto: Reprodução Nasa
Uma suposta figura feminina foi flagrada pelo robô Curiosity, da Nasa, nas planícies de Marte e acabou intrigando os cientistas.

Sempre tema de debates, o planeta vermelho agora ganhou mais atenção após uma imagem capturada pelo robô ser publicada no site "UFO Sightings Daily", responsável por postar "provas" de vida no misterioso planeta.

De acordo com o site, a figura que aparece na imagem representa uma "mulher parcialmente encoberta". O robô faz rondas por Marte há três anos.

Fonte Uol Ciências


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