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Polícia
"Violência"
Em seu programa, o radialista Gleydson Cardoso
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A morte do radialista Gleydson de Carvalho, executado durante a apresentação de seu
programa na Rádio Liberdade, em Camocim, trouxe à tona um problema já conhecido: os
assassinatos a radialistas do interior do Ceará.
Nos últimos cinco anos, seis casos foram
registrados. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) já solicitou providências sobre o
assunto ao Ministério da Justiça, em Brasília.
Os radialistas mortos tinham como tema de seus programas assuntos de cunho sociais e
políticas.
Alguns assassinatos são investigados como represálias ao que os radialistas
sofriam pelo que diziam no ar.
Esta já é a terceira morte de radialista registrada no interior do Ceará neste ano.
Em junho,
Francisco Rodrigues de Lima, de 62 anos, foi assassinado no estacionamento da rádio em
que trabalhava, em Pacajus.
Em março, a vítima foi Patrício Oliveira, que foi morto na saída
da rádio onde trabalhava, em Brejo Santo.
Em 2013, Mafaldo Bezerra Góis foi morto quando saía de sua casa para a rádio em que
trabalhava, em Jaguaribe.
Em 2011 dois casos foram registrados, o de Francisco Cidimar
Ferreira Sombra, em Russas, e Franzé Rodrigues, em Morada Nova, ambos mortos dentro
de suas casas.
Investigação
Na madrugada desta sextafeira (7), a Polícia encontrou a casa onde a execução do
radialista foi planejada. No local, foram encontradas roupas usadas pelos criminosos e uma
foto da vítima, juntamente com uma arma.
No local, um casal foi preso por envolvimento no
crime. Agora, a polícia segue à procura dos executores.
O corpo do radialista Gleydson Cardoso de Carvalho, de 36 anos, chegou em Camocim por
volta de 11h e teve velório aberto ao público.
O sepultamento deverá ocorrer neste sábado
(8), em horário e local a serem definidos por familiares, pois muitos ainda estão em trânsito,
vindos de Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Repercussão
Na manhã desta sextafeira (7), o governador do Ceará Camilo Santana concedeu
entrevista ao programa Alerta Geral, da Rádio Somzoom Sat, e lamentou a morte do
radialista.
Também determinou ao Secretário de Segurança Pública e Defesa Social do
Ceará (SSPDSCE), Delci Teixeira, que a execução de Gleydson Carvalho fosse
devidamente investigada, apurada e que os culpados fossem presos.
O chefe de estado
reafirmou a sua ordem para que os caso seja solucionado pelas forças de segurança do
estado.
A Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acert) registra o seu profundo
pesar pela morte do radialista Gleydson Carvalho, atingido a tiros no exercício de sua
profissão na Rádio Liberdade FM 90,3.
“O ato de violência perpetrado atingiu não somente
a pessoa do Radialista, mas à liberdade de expressão de todos os brasileiros; devendo,
portanto, ser punido com a maior severidade”, informa em nota.
Como a motivação dos crimes, muitas vezes, envolve a veiculação de notícias que
desagradaram políticos, autoridades e empresários locais, o Sindicato dos Jornalistas do
Ceará (Sindjorce) a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) defendem que as
investigações destes crimes sejam feitas pela Polícia Federal.
O Sindjorce manifesta sua
indignação com a morte do profissional e pai de família, ao mesmo tempo em que cobra da
Polícia cearense a investigação deste e dos demais casos, com a devida prisão dos.
culpados e punição pela Justiça. “Aproveitamos para nos solidarizar à família neste
momento de perda irreparável”, declarou em nota.
Fonte: Tribuna do Ceará |
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