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Economia
"Redução nas contas de energia"
Mudança foi possível após o desligamento das térmicas de maior custo (Foto: Reprodução) |
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta sextafeira (13), em reunião
extraordinária, a alteração da cobrança da bandeira vermelha, hoje em R$ 5,50 a cada 100
kWh (quilowattshora) consumidos, para R$ 4,50 a cada 100 kWh.
A redução de 18%
começa em setembro e valerá até dezembro deste ano.
No caso da tarifa paga pelos consumidores residenciais, a Aneel calcula que redução média
na conta de luz deverá ser de 2%.
A mudança é resultado da melhora do regime de chuvas e da redução do consumo de
energia, devido à desaceleração econômica.
Esse cenário mais favorável teve como
consequência o desligamento das térmicas de maior custo.
Bandeiras
O sistema de bandeiras tarifárias, em vigor desde o início do ano, permite o repasse mensal
aos consumidores de parte do gasto extra das distribuidoras com o aumento do custo da
eletricidade.
A cor da bandeira é impressa nos boletos das contas de luz e sinaliza o real custo de
produção da energia no país. Se a cor é verde, a situação está normal e não há cobrança
de taxa.
Amarela, cobrase R$ 2,50 para cada 100 kWh de energia consumidos. Desde o
início do ano é a bandeira vermelha – com cobrança maior – que vigora no país.
No dia 11 de agosto, durante o lançamento do Plano de Investimento em Energia Elétrica, a
presidente Dilma Rousseff já havia sinalizado que o governo iria reduzir o valor da bandeira
vermelha.
Depois disso, a Aneel abriu uma audiência pública para recolher contribuições
sobre o tema, pelo prazo de dez dias. Nesta sexta, a agência tomou a decisão final sobre o
novo valor da bandeira vermelha.
Térmicas
No início de agosto, o governo anunciou o desligamento de 21 usinas térmicas de maior
custo, o que deve gerar uma economia mensal nas operações da ordem de R$ 5,5 bilhões.
Por conta da escassez de chuvas, que prejudicou o armazenamento nas represas das
principais hidrelétricas do país, o governo vinha mantendo ligadas todas as térmicas
disponíveis desde o final de 2012.
Como essa energia é mais cara, a medida contribuiu
para a elevação do valor das contas de luz.
Conta mais cara
Também ajudou a aumentar os custos no setor elétrico o plano anunciado pelo governo no
final de 2012 e que levou à redução das contas de luz em 20%.
É que, para chegar a esse
resultado, o governo antecipou a renovação das concessões de geradoras (usinas
hidrelétricas) e transmissoras de energia que, por conta disso, precisaram receber
indenização por investimentos feitos e que não haviam sido totalmente pagos.
Essas
indenizações ainda estão sendo pagas, e o custo tem sido repassado ao consumidor final
por meio da elevação das tarifas.
O ajuste fiscal feito pelo governo Dilma Rousseff com o objetivo de reequilibrar suas contas
também contribui para os aumentos mais fortes nas contas de luz em 2015.
Isso porque o
governo decidiu repassar aos consumidores todos os custos com os programas e ações no
setor elétrico, entre eles o subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda e o pagamento
de indenizações a empresas.
Em anos anteriores, o Tesouro assumiu parte dessa fatura, o
que contribuiu para alivias as altas nas tarifas.
Fonte: G1 CE |
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