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"Operação Hora da Verdade"
Coletiva dos Promotores do Ministério Público do Estado do Ceará
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Na tarde desta terça - feira, dia 04, os promotores do Ministério Público do Estado do Ceará,
membros que investigam a ´Operação A Hora da Verdade´, concederam coletiva de
imprensa sobre os problemas nas licitações que envolve três empresas em esquema de
desvio de verba superior a R$ 5,2 milhões .
Durante a coletiva, os promotores afirmaram que a comissão de licitação servia apenas de
fachada para burlar a fiscalização. A prova disso são documentos que determinam como
deveria ser o posicionamento da procuradoria do município diante de ações licitatórias.
Em depoimento foi verificado que alguns membro da comissão de licitação não teriam
participado sequer de uma reunião, além de recibos em branco assinado com data
retroativa que foram descobertos ainda na primeira fase da operação.
O resultado da operação desencadeada na manhã de hoje na cidade do Crato, foi o pedido
de prisão preventiva dos empresários Francisco Rivaildo e Laecio Teles Braga e o pedido
de afastamento do Secretário Municipal de Finanças do município, Édio Oliveira Nunes.
O
MP aponta os três, além do Procurador do município, George Erico e a expresidente da
Comissão de Licitação, Angélica Bezerra Lessa como operadores de um esquema de
corrupção e direcionamento das licitações públicas.
De acordo com o a promotoria, uma das empresas envolvidas no esquema era a COMEG,
que teria financiado a campanha do prefeito da cidade do Crato Ronaldo Gomes Matos
(sem partido) e que vendia medicamentos com preços muito acima do valor de marcado.
Em alguns casos os valores eram 400% acima do verificado na concorrência.
Outras duas empresas do ramo gráfico também foram apontadas pelo MP como envolvidas
em esquemas de licitação.
Segundo o promotor as empresas Lobo ME e Manoel Magalhães ME estariam sedo
beneficiadas com direcionamento e dispensa de licitações pelo município após fornecer
material gráfico para a campanha do prefeito.
Uma ação penal foi ajuizada contra Francisco Rivaildo Braga, Laecio Teles Braga, José
Alves Lobo, Manoel Magalhães, George Erico, Valter pereira dos santos e Angélica Bezerra
Lessa ele devem responder por peculato, associação criminosa e dispensa indevida de
licitações e também tiveram decretada a quebra de sigilo bancário.
Ainda segundo a promotoria, não há elementos que liguem diretamente o prefeito da cidade
ao fato ocorrido no âmbito criminal, em que tramita essa ação. Mas uma ação cível está
sendo instaurada e já está sendo averiguada a responsabilidade dele nesse casos.
Os promotores ainda aguardam documentos que foram solicitados ao município relacionado
a problemas na merenda escolar, mas isso deve ser objeto de outras fases da investigação
que ainda está por vir.
Informações: Site Miséria |
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