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O Conselho de Sentença do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Missão Velha condenou o jovem Roberto Ítalo Dantas Milfont, de 26 anos, a uma pena de 21 anos de reclusão por homicídio duplamente qualificado. No dia 21 de novembro de 2005, ele assassinou a sua ex-mulher Denise Wyviane Lima, então com 27 anos, com 36 facadas no interior da residência do casal que havia contraído o matrimônio há três meses. O caso teve ampla repercussão e o julgamento do acusado era aguardado com expectativa.
O corpo de Denise foi encontrado por familiares no interior do seu quarto após estes terem sido acionados por vizinhos. Apesar de Roberto ter aumentado ao máximo o volume da televisão, antes de começar a golpear sua companheira, foi possível ouvir gritos da garota. O réu foi indiciado em inquérito, denunciado pelo Ministério Público e pronunciado pela justiça, mas ficou apenas nove meses preso quando conseguiu um habeas corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para responder em liberdade.
Esse período de reclusão, Roberto Ítalo cumpriu na Cadeia Pública de Crato, onde reside atualmente após o assassinato da ex-mulher que era assistente social e trabalhava nas cidades de Missão Velha e Brejo Santo. De acordo com familiares da jovem, ele era bastante ciumento e, no dia do crime, teria feito 46 ligações para o celular da esposa enquanto esta ministrava uma palestra, coincidentemente, sobre violência familiar como parte das ações do Projeto Sentinela em Brejo Santo o qual coordenava.
Por conta do seu excelente nível de relacionamento humano, Denise era uma funcionária bastante querida por todos. Grande número de familiares da garota acompanhou o julgamento de forma pacífica e vibrou quando o Juiz de Direito, Ângelo Bianco Vettorazzi, anunciou a sentença. O Conselho não acatou a tese da defesa erguida pelo advogado Ione Pereira Lima sustentando a idéia da violenta emoção como causa do homicídio, bem como a injusta provocação da vítima.
Insatisfeito, ele recorreu da decisão e Roberto Ítalo vai aguardar um novo pronunciamento da justiça em liberdade. Na saída do Fórum de Missão Velha, o réu foi vaiado por familiares da sua ex-mulher que exibiam cartazes e pediam justiça. O julgamento começou por volta das 8 horas desta terça-feira e só terminou às 17 horas com duração de 9 horas. Na condição de representante do Ministério Público atuou o Promotor de Justiça, Germano Guimarães Rodrigues.