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Polícia/Nacional
Foto Divulgação
O último desses gestos foi avisar ao Depen (Departamento Penitenciário Nacional) que uma organização criminosa preparava um plano para sequestrar Araújo. Mesmo sem que o iraniano apresentasse provas, a informação repassada ao Ministério da Justiça bastou para impactar o governo e deixar a presidente Dilma estressadíssima.
Quando a presidente foi avisada sobre o risco de sequestro, pediu prioridade máxima à Polícia Federal para investigar o caso. A Direção-Geral da PF confirmou a operação. Disse que o departamento de inteligência foi acionado, e uma equipe de agentes foi enviada à casa do advogado para “garantir sua integridade”.
Segundo a PF, foram feitas todas as investigações e se concluiu que não havia plano em andamento. A polícia diz que o informante não tem credibilidade e que a maioria das informações que passou de dentro dos presídios de Catandúvas (PR) e Mossoró, onde está atualmente, não evoluíram. Mas a área de inteligência tratou da informação como “risco real de sequestro”.
No dia 2 de maio, uma sexta-feira, o advogado estava comprando flores perto de sua casa, na zona Sul de Porto Alegre, no meio da tarde, quando a presidente telefonou, perguntou onde ele estava e pediu que fosse imediatamente para casa. Araújo foi informado por um grupo de agentes da PF e pelo superintendente do órgão no Rio Grande do Sul, Sandro Caron, que havia risco de ser sequestrado e que passaria a ficar 24 horas sob vigilância da polícia. O esquema de segurança durou sete dias.
A casa, localizada na Avenida Copacabana, foi considerada bastante vulnerável pela polícia. As grades são baixas, o lugar é ermo, e os fundos da propriedade se encontram com o rio Guaíba, numa área próxima a um clube que estaciona barcos e lanchas. Ou seja, se houvesse um ataque, poderia ser pelo rio. Por isso, a casa ficou cercada por agentes à paisana, porém, armados e com fones de escuta.
Neste período, ele não se privou de sair de sua casa, nem alterou muito a rotina, mas conviveu dia e noite com os policiais, que se revezavam entre a segurança dentro de sua casa e o acompanharam em trajetos de carro pela cidade. Araújo continuou indo ao escritório de advocacia para atender aos clientes e à Santa Casa, onde faz regularmente fisioterapia, por conta de um enfisema pulmonar que o acompanha há alguns anos.
Um amigo de Araújo relata que numa dessas idas ao hospital, ele decidiu suspender o tratamento, temendo que algo acontecesse com os pacientes. O advogado também reduziu as visitas de amigos, almoços, jantares e reuniões políticas em sua casa.
Por precaução e pelo fato ter ocorrido numa sexta-feira, explicou um delegado da PF que participou da operação, a decisão foi de manter Araújo em segurança máxima por sete dias, sendo que nestes casos, o prazo é, em média, 48 horas.
“Levantamos a segurança na sexta-feira seguinte. Como se tratava de um familiar da presidente, tivemos ainda mais cautela. Imagina a responsabilidade de determinar o fim da segurança máxima e acontecer o sequestro?”, comentou o delegado.
Fonte O Globo
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