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Esse montante é responsável pela emissão de 3,3 mi de ton de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera do Planeta, segundo a FAO, e contribui para afetar de forma certeira a segurança alimentar nos próximos anos.
Cemitério de frutas e verduras
Família come do lixão
Além desses impactos ambientais, as consequências econômicas diretas do desperdício de alimentos atingem o montante de 750 mi de dólares anuais. É fácil chegar à conclusão de que, se não houvesse tantas perdas, com a produção total indo à mesa, os preços dos alimentos cairiam sobremaneira, dando um alívio no bolso de todos nós. A FAO calcula que 54% do desperdício de alimentos do mundo ocorre na fase inicial da produção, manipulação pós-colheita e armazenamento. O restante, 46%, é perdido nas etapas subsequentes: processamento, distribuição e consumo.
E nesse contexto desastroso, não cabe culpar apenas os gestores públicos, pois todos exercem o papel de vilão, já que dão sua parcela de contribuição, ainda que mínima. Juntando um tiquinho de cada um, chega-se à cifra denunciada pela FAO.
Os consumidores não conseguem planejar suas compras de forma racional. Compram em excesso ou exageram no cumprimento das datas de validade dos produtos; enquanto os padrões estéticos e de qualidade levam os distribuidores a rejeitar alimentos perfeitamente comestíveis. Reside aí uma das principais causas do desperdício.
Diante dessa situação, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em domicílios particulares, realizada em 2009, sobre segurança alimentar, coloca o Ceará como terceiro pior Estado do Nordeste e também do País (ver mapa na página oito).
O pior é o Maranhão, com apenas 35,4%, seguido do Piauí, com 41,4%. Nosso Estado apresenta índice de apenas 51,7%. Isso significa dizer que quase metade da nossa população, 48,3% sofre de insegurança alimentar num dos seus três níveis: moderado, médio ou grave.
O Nordeste é a região mais vulnerável nos três níveis, com percentuais para segurança alimentar, insegurança alimentar leve, moderada e grave, respectivamente, de 53,9%, 14,8%, 12% e 9,3%. Dessa forma, o Ceará está abaixo da média nordestina: segurança alimentar, 51,7%; insegurança alimentar leve, 24,4%; moderada, 13,5% e grave, 10,3%.
A reportagem percorreu centrais de abastecimentos, restaurantes e plantações para observar de que forma essa conta é formulada. Hoje, contamos como produtores e consumidores desdenham dos alimentos; amanhã, mostraremos a movimentação nas feiras livres, a perda do pescado e a importância dos bancos de alimentos; na quinta-feira, encerramos a série com outras iniciativas que buscam barrar o desperdício.
FONTE DIÁRIO DO NORDESTE
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