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Economia / Negócio
Os investimentos visam modernizar o maquinário antigo da Usina Manoel Costa Filho e reaproveitálo. Foto: Edimar de Oliveira |
A Usina Cariri I, em Barbalha, ainda não teve suas atividades iniciadas.
A produção de
canadeaçúcar na região deve se intensificar somente no fim do segundo semestre na
região.
O grupo que adquiriu a empresa da Agência de Desenvolvimento do Estado do
Ceará (Adece), ainda no final do ano passado, vai priorizar a produção de etanol para
comercialização no Estado.
Os investimentos para o parque agroindustrial ainda estão sendo levantados, já que grande
parte do maquinário antigo, da Usina Manoel Costa Filho, será reaproveitado.
A tecnologia
e os investimentos em cultivares de cana geneticamente melhorados em laboratório do
Ceará serão utilizados para os novos plantios de cana na região.
A perspectiva de cultivo
inicial é de 6 mil hectares.
A usina foi adquirida pela Adece em 2013, por meio de leilão, no valor de R$ 15,4 milhões.
Após mais de um ano, a agência estadual conseguiu negociar com o grupo de empresários
de vários estados, incluindo proprietários japoneses, que irão incorporar novas tecnologias
para segmento no Ceará.
A meta de investimentos para consolida o parque industrial com maquinários modernos é
de R4 170 milhões, conforme levantamentos iniciais feitos pelo estado cearense.
Álcool
Com a meta de produzir, ainda neste ano, cerca de 6 milhões de litros de etanol para
comercialização no Estado do Ceará, foi inaugurada, na manhã da última quintafeira, a
Usina Cariri II, em Ubajara. O antigo Engenho São Francisco Ltda.
Foi vendido por R$ 24
milhões ao mesmo grupo de empresários que adquiriram a Usina Manoel Costa Filho.
A produção de álcool vai ocorrer a partir de setembro, com a moagem da primeira
produção, inclusive com inovação na área produtiva, inserindo cultivares de cana
geneticamente modificadas, no intuito de dinamizar a produção.
Produtores, engenheiros e
agrônomos estiveram presentes na reunião que marca a retomada da produção de álcool
no Estado.
A finalidade dos produtores é proporcionar uma queda significativa do preço do
combustível nos postos do Ceará, com um produto mais acessível e consequente redução
da carga tributária.
Segundo o diretor comercial da agroindústria, Henrique Paulo Santana, a meta é
proporcionar um momento de debates com os produtores e engenheiros da Bioclone,
empresa cearense responsável pelo melhoramento genético da cana que será cultivada no
Ceará.
Eles foram esclarecidos de todos os detalhes relacionados às formas de produção,
solo adequado, vantagens, e o tempo de plantio, que irá favorecer a dinamização do setor.
Agenda
No Cariri, Henrique Santana disse que a agenda também depende do Governo do Estado,
já que ainda faltam alguns detalhes burocráticos a serem concluídos.
A Usina Cariri I está
paralisada há uma década. Após a negociação com os novos proprietários, o local passou
apenas por uma limpeza e os equipamentos estão sendo avaliados.
Outro fator importante, segundo Henrique, é que o grupo pretende investir em tecnologia
para aprimorar a produtividade e poder proporcionar álcool de primeira qualidade para ser
comercializado no Ceará. Atualmente o produto consumido no Estado é comprado em São
Paulo e a incidência de impostos, conforme ele, onera muito o etanol. Pretendese chegar a
uma queda de preço significativa, podendo alcançar a meta de R$ 1,00 a menos nas
bombas.
"Queremos dominar o mercado no Estado e sermos autossuficientes na produção local", afirma.
No Cariri vêm sendo realizados estudos para o máximo de aproveitamento do maquinário
antigo e a substituição de grande parte dos equipamentos. Os funcionários antigos da Usina
Manoel Costa Filho estão sendo consultados quanto à utilização das velhas engrenagens.
A pretensão é ampliar ao máximo o plantio com as novas variedades de canadeaçúcar no
Cariri e na região de Ubajara.
Será usada, este ano, uma quantidade de canadeaçúcar
considerada pequena para o diretor comercial, mas que marca o começo de um novo
momento na produção de álcool no Estado.
Estão sendo cultivados mais de 60 hectares de
cana para a produção no segundo semestre.
No Cariri os novos plantios já direcionados à moagem no ano de 2016 serão a partir de
outubro deste ano.
A área de cultivo será inicialmente de cerca de 6 mil hectares.
Para isso,
os produtores serão convidados a aderir ao novo momento de produção de cana na região.
A usina irá adquirir o produto cultivado no Cariri, além de plantar uma área de pelo menos 3
mil ha, de todo o montante previsto.
Mais informações:
Usina Cariri Rodovia CE 060
Secretaria de Desenvolvimento
Agrário de Barbalha
Rua Adão Apolinário,106
Telefone: (88) 3532.1189
malvinas.news@gmail.com
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