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"Editorial Jornal do Cariri"
Editorial do Jornal do Cariri destaca o grande número de ocorrências que não são denunciadas.(Foto: Internet) |
A violência sexual infantil é uma desgraça social que não conhece fronteiras geográficas, econômicas ou sociais. Problemas psiquiátricos, desvios de caráter, propensão criminosa, ignorância e vários outros fatores unem-se e apresentam-se como causas desse fenômeno tão antigo e tão atual.
No triângulo Crajubar, os números da violência sexual contra crianças são apenas uma fração do que realmente ocorre. A maior parte dos casos perde-se no silêncio da cumplicidade, do medo ou da irrelevância. Muitas vezes, o agressor é alguém da família ou muito próximo aos parentes da vítima.
Em outros casos, é alguém poderoso, contra quem se teme fazer algo. Quando não há o espírito de indiferença quanto ao que ocorreu. Só a criança é que sofre, silenciosamente, após ter sido molestada, conservando para si mesma um trauma para toda a vida.
As histórias de violência sexual sucedem-se nas crônicas policiais, no recesso das famílias e na lembrança coletiva das comunidades do Cariri. Não há soluções mágicas para esse grave problema. Todas passam pela vigilância dos pais, dos diretores de escola, professores e de todos quantos cuidam ou convivem com as crianças.
Além disso, é necessário dar algum tipo de educação às crianças, para que conheçam seu corpo e compreendam os riscos do contato com estranhos. Mais que isso, é fundamental o reforço do aparato policial e a criação de meios de instrução específica de membros do corpo de segurança pública.
A cada dia, estrelas, celebridades e pessoas famosas tornam públicos fatos ocorridos em suas infâncias e compartilham com a sociedade a dor, a vergonha e o sofrimento de abusos sofridos quando crianças. Cada depoimento dessa natureza é uma enorme contribuição para se eliminar o preconceito, o estigma e, mais que tudo, a impunidade dos ofensores, que se protegem pelo silêncio das vítimas, de seus familiares e amigos, além da deficiência dos órgãos policiais em trabalhar com informações fragmentadas e incompletas.
Não há nada mais infame do que se aproveitar da inocência de nossas crianças e roubar-lhes o futuro, a paz de espírito e a própria sexualidade com abusos como os que se cometem até hoje no Cariri e no mundo.
A região precisa unir-se no combate a esses facínoras. Mais que tudo, é fundamental perder o medo e não mais esconder da sociedade quem são esses criminosos.
Não se pode temer. Independentemente do prestígio social, do dinheiro que possuam ou de suas profissões, essas pessoas devem ser expostas, punidas e privadas do convívio social.
Fonte: Ceará News 7 / Jornal do cariri |
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