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Professores da rede municipal cobram ao prefeito Zé Leite repasse de reajuste (foto: serena moraes)
O prefeito
de Barbalha, Zé Leite (PT), enfrenta a segunda greve dos profissionais da educação
em sua gestão. O problema é que, desta vez, ele precisa esclarecer sobre o
destino do dinheiro depositado a mais que o previsto nos cofres da educação do
Município, pelo Fundo de Manutenção e de Valorização dos Profissionais da
Educação (FUNDEB).
A
decisão partiu da maioria dos 370 professores presentes ao Salão Paroquial da
Igreja Matriz de Barbalha, na última quinta- feira (04), ao deflagrarem, em assembléia
geral, a greve que busca garantir o repasse do recurso para os profissionais do
magistério.
Pelo número
de filiados ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipal de Barbalha
(Sindmub), eram precisos 360 votos e compareceram 370 profissionais.
Todos foram a favor da paralisação. Como
principal reivindicação, os professores pedem o repasse do reajuste garantido pela
consolidação de abril de 2014, onde ficou definido o percentual de 22,5% nos valores
do Fundeb.
Os
servidores observam que, comparado ao reajuste de 8,32%, dado pelo prefeito Zé
Leite em março, retroativo a janeiro, existe uma diferença de 14,27%. Segundo o
senso de 2013, que serviu para base de cálculo, Barbalha tem 10.301 alunos na
rede pública municipal, o que estimou um repasse de R$ 1.151.323,25 mensal.
O
valor entre a estimativa e o depositado nos cofres da prefeitura
é
superior aos R$ 160 mil mensais. Até dezembro, quando serão feitos novos cálculos,
os valores não repassados pela administração
ultrapassam
R$ 1,2 milhão.
A
presidente do Sindmub, Jaqueline Figueiras Barreto, garantiu que desde abril
tem tentado convencer a secretária de Educação do Município, Isabel Cristina
Nóbrega Cruz, acerca da legalidade do
repasse aos profissionais da educação. Segundo
a presidente,
a
secretária se recusa a fazer o repasse sob o argumento que o Município já repassa os percentuais estipulados por lei.
Segundo
a dirigente sindical, a secretária Isabel diz que a administração não tem obrigação
de repassar a complementação.
Ainda,
segundo Jaqueline, foram oito reuniões, além de diversos ofícios, mas nenhum
consenso foi construído.
“Nas
reuniões, a secretária (Isabel) observava que os professores de Barbalha eram
os únicos do Brasil a estarem cobrando os valores ao Município. Mas, na verdade,
queremos apenas sensibilizar o prefeito para o repasse do que é direito dos
professores”,
disse
Jaqueline Barreto. Na única comunicação com
a categoria, o prefeito Zé Leite pediu prazo até o dia 11 de setembro para dar uma
resposta.Ele antecipou que, independente do percentual, só repassaria em dezembro
próximo.
A assembléia
não aceitou esperar pela resposta do prefeito. Na segunda-feira (08), os
professores sentaram com representantes da prefeitura para uma última tentativa
de acordo, mas não houve proposta e os professores cruzaram os braços nesta
terça- -feira (09), quando começa a greve oficialmente.
Procurados
para se pronunciarem sobre o assunto, o prefeito Zé Leite e a secretária de
Educação não foram encontrados em seus locais de trabalho.
Houve,
ainda, tentativa de contatos telefônicos, mas não obtivemos sucesso. Tensão no sindicato Mesmo com deflagração da greve, a
presidente do Sindmub, Jaqueline Filgueiras Barreto, foi acusada por
alguns
professores de fazer uma articulação contra a greve.
Segundo
as acusações, a dirigente teria alguns parentes dentro da administração e, por
isso, não teria se movimentado para garantir o quórum mínimo para a Assembleia.
Perguntada
sobre o assunto, Jaqueline disse que isso não passa de disputa política e que
não indicou nenhum cargo comissionado
na
gestão Zé Leite.
Segundo ela, tem vários familiares que exercem
funções na prefeitura, mas todos são concursados, inclusive ela, hoje
disponibilizada ao Sindicato.
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