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Polícia
Polícia Federal esteve na casa do exdiretor do Sindicato dos
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O Cariri está na rota de um esquema de corrupção bilionário. A “Operação Zelotes”,
desencadeada pela Polícia Federal (PF) nos estados do Ceará, São Paulo e no Distrito
Federal, desarticulou uma organização criminosa que pode ter causado prejuízo de
aproximadamente R$ 19 bilhões à Receita Federal.
Segundo investigações, Jorge Celso Freire da Silva é exdiretor do Sindicato dos Bancários
do Cariri e, atualmente, operava como auditor da Receita Federal.
Para a PF, ele faz parte
de uma quadrilha que agia no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), que
julga os recursos administrativos das autuações promovidas pelo Fisco. O auditor é
acusado de repassar informações privilegiadas para escritórios de assessoria, consultoria
ou advocacia.
Apesar de toda a repercussão do caso na imprensa nacional, Jorge Celso não teve o seu
nome divulgado pelo comando da investigação. Ele não é visto desde o dia da operação,
último 26 de março.
A redação do Jornal do Cariri tentou contato através do telefone fixo da
residência do conselheiro, no bairro Lagoa Seca, deixou recado, mas, até o fechamento
desta edição, não obtivemos retorno.
Investigação
Durante a ação, foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão. As investigações
tiveram início em 2013 e apontam que servidores manipulavam desde o trâmite legal dos
processos até o resultado final de julgamentos feitos pelo CARF.
De acordo com a PF, a
organização corrompia conselheiros com o objetivo de anular ou diminuir as multas
aplicadas a grandes empresas.
A quadrilha manipulava o andamento do processo com “pedidos de vista”, exame de
admissibilidade de recursos e decisões favoráveis às empresas nos julgamentos de
recursos, entre outras fraudes.
Até agora, foi confirmado um prejuízo de R$ 5,7 bilhões.
Na residência de Jorge Celso, a equipe do delegado Samuel Elânio apreendeu
documentos, computadores e dois veículos.
Agentes da PF em Juazeiro disseram que toda
a operação foi comandada pela sede de Brasília e, por isso, não tinham mais informações
sobre a investigação.
O acusado deve responder pelo crime de advocacia administrativa fazendária, tráfico de
influência, corrupção ativa e passiva, associação criminosa, organização criminosa e
lavagem de dinheiro. Somadas, as penas ultrapassam 50 anos de prisão.
Além da PF, participam da investigação e da operação, o Ministério Público Federal (MPF),
a Corregedoria do Ministério da Fazenda e a Receita Federal. Ao todo, 180 policiais
federais e 55 fiscais atuaram na ação.
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