Golpe de 64 é defendido na Assembleia Legislativa De acordo com Ely Aguiar (PSDC), quando a população percebeu a direção para a qual se encaminhava o governo, "solicitou aquela intervenção"

terça-feira, 31 de março de 2015

Golpe de 64 é defendido na Assembleia Legislativa De acordo com Ely Aguiar (PSDC), quando a população percebeu a direção para a qual se encaminhava o governo, "solicitou aquela intervenção"

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De acordo com Ely Aguiar (PSDC), quando a população percebeu a
direção para a qual se encaminhava o governo,
"solicitou aquela intervenção" (Foto: Internet)

“Revolução”, “contra-revolução”, “golpe”, “movimento cívico-militar”... Foram muitos os nomes que o 31 de março de 1964 – data da derrubada do então presidente João Goulart e da ascensão da ditadura militar, que hoje completa 51 anos – ganhou durante sessão solene na Assembleia Legislativa do Ceará na manhã de hoje.

De acordo com Ely Aguiar(PSDC), Jango só assumiu a cadeira presidencial após a renúncia de Jânio Quadrosporque “os militares permitiram”. Mas, de acordo com o democrata-cristão, quando a população percebeu a direção para a qual se encaminhava o governo, “solicitou aquela intervenção”, caracterizada por ele como “revolução”.

Já para Fernando Hugo (SD), “existia dentro das Forças Armadas o olho atento, a visão aurática, de que o vice-presidente e presidente de fato João Goulart tinha um envolvimento muito grande com o movimento socialisto-comunista mundial”. Ele concorda que houve abusos e violências durante os 21 anos em que a caserna esteve no poder, mas pede que se reconheça o “caráter cívico” do Marechal Castelo Branco, cearense que liderou do que ele chama de “contra-revolução” e “movimento cívico-militar”.

GOLPE

A crítica à derrubada do presidente João Goulart partiu, inicialmente, de Wellington Landim (Pros). Durante um aparte que Fernando Hugo garante que concedeu com um “prazer orgásmico”, o parlamentar relembrou seus tempos de estudante universitário em Pernambuco, em que, segundo ele, a polícia atacou dentro do campus líderes da oposição. “É preciso admitir que houve sim uma queda da democracia”, declara.

Já o deputado Carlos Felipe (PCdoB) declarou que a posição de seu partido é de que o 31 de março foi um golpe, e afirma que tal posição é corroborada hoje por grande parte da imprensa e dos historiadores. “Será que o povo brasileiro não estava preparado para decidir o seu próprio destino?”, questiona.