Cancelamento de refinarias não afetará mercado de petróleo, diz Petrobras

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Cancelamento de refinarias não afetará

 mercado de petróleo, diz Petrobras(Foto: Divulgação)

O gerente-executivo de Programas de Investimento da área de Abastecimento da Petrobras, Wilson Guilherme Ramalho da Silva, disse há pouco que a decisão da estatal de cancelar a construção de duas refinarias no Nordeste não afetará o mercado brasileiro de derivados de petróleo.

Segundo ele, a companhia, que domina o mercado com 12 das 15 refinarias em atividade do País, tem alternativas, como a importação dos derivados e o aumento do refino nas outras plantas sob seu controle. Silva participou de uma audiência pública na comissão externa que analisa a suspensao dos dois empreendimentos.

Em resposta ao deputado Moses Rodrigues (PPS-CE), o representante da Petrobras voltou a afirmar que a suspensão dos projetos "foi eminentemente econômica". "Infelizmente, não basta ter um projeto tecnicamente viavel. 

Tem que ter também um projeto de capital", afirmou, lembrando que a inexistência de um parceiro foi o principal motivo pelo abandono dos projetos.

O deputado Moses Rodrigues lembrou, porém, que o País importa 15% de todos os derivados que consome e alertou para o fato de o Brasil, com a não expansão de seu parque refinador, se tornar um exportador de petróleo bruto, que é mais barato, e importador de derivados.

O relator da comissão, deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), anunciou que vai enviar ao Ministério de Minas e Energia pedido de informacoes sobre o empreendimentos cancelados, como despesas com os projetos básicos contratados. 

Para o relator, houve "negligência e omissão" por parte do governo, que incentivou os estados a investirem na ideia.

Segundo ele, a presidente Dilma Roussef esteve no Ceara no ano passado e confirmou a manutenção do empreendimento no estado.

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