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Polícia
"Tentativa de Estelionato"
Delegado Breno Fontenele
aponta fraudes em ficha médica
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Duas mulheres e um homem suspeitos de tentar fraudar um processo de requerimento do Seguro
de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) foram presos
em flagrante na tarde da última quinta, no bairro Pajuçara, em Maracanaú. Eles foram autuados
por tentativa de estelionato e deverão prestar maiores esclarecimentos nos próximos dias.
O caso
é investigado pelo 29º Distrito Policial, localizado naquele mesmo bairro.
De acordo com o delegado titular Breno Fontenele, tudo começou quando Cláudia Gerimia da
Silva, 30, procurou a Delegacia ontem para registrar um Boletim de Ocorrência (B.O).
Ela havia
sofrido um acidente de trânsito no dia 19 de novembro do ano passado e alegou que, só agora,
precisaria do documento para dar entrada no seguro. Cláudia já havia tentado lavrar o B.O em
outra ocasião, mas não estava de posse da documentação necessária completa.
Quando desta segunda tentativa, embora o atestado de atendimento médico registrado à época
informasse "atropelamento", Cláudia afirmou ter sido vítima de uma colisão. Intrigados, os
investigadores foram ao hospital onde ela foi atendida, mantido pela Associação Beneficente
Médica da Pajuçara (Abemp), e solicitaram a primeira via do atestado. Quando as duas fichas
foram comparadas, constatou se a adulteração da ficha original, onde foi incluída a frase "paciente
acidente de trânsito".
Como Cláudia havia procurado a Ideal Assessoria, escritório de assessoria jurídica que funciona
em frente à Abemp, já conhecido por intermediar o processo de requisição do DPVAT, surgiu a
suspeita de tentativa de golpe.
Os policiais foram ao local e deram voz de prisão a Eleane de
Oliveira Ferreira, 22, gerente do negócio, e a Lucas Jordenan Cordeiro Barbosa, 21, motorista,
que inclusive estava acompanhando Cláudia para a lavratura do B.O. Eles foram conduzidos à
Delegacia e apontados como facilitadores da fraude.
Em depoimento, Eleane afirmou que quem teria adulterado o documento foi o médico que atendeu
Cláudia. Esta, no entanto, alega que entregou a ficha diretamente ao escritório, sem as alterações
constatadas pelos policiais civis.
Outros casos
Conforme o delegado, as investigações serão aprofundadas para averiguar a participação dos
dois, de outros funcionários do escritório e até mesmo de médicos e agentes de saúde em
esquemas semelhantes, que já foram detectados na área.
Breno salienta que a intermediação de assessores jurídicos não é necessária para a requisição do
DPVAT. "Muitas vezes, eles praticam as fraudes e ficam com em torno de 30 % a 50 % do valor do
seguro", afirma. O DPVAT custeia indenizações por morte, invalidez permanente, parcial ou total,
bem como despesas de assistência médica de vítimas decorrentes de acidentes de trânsito.
O
prêmio pode chegar a R$13,5 mil.
"Tendo em vista o crescimento desse tipo de fraude, a Polícia está cada vez mais diligente ao
analisar toda a documentação antes de lavrar qualquer B.O", aponta o delegado.
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