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Policia
"Operação Turbulência"
Eduardo Campos (Foto: PSB |
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 20, a Operação Turbulência contra um grupo
especializado em lavagem de dinheiro, em Pernambuco e Goiás, que teria movimentado mais de
R$ 600 milhões desde 2010.
Foram presos os empresários Apolo Santana e João Carlos Lyra.
A investigação começou, segundo a PF, a partir da análise de movimentações financeiras
suspeitas detectadas nas contas de algumas empresas envolvidas na aquisição da aeronave
Cessna Citation PRAFA. Esse avião transportava o ex-governador de Pernambuco e então
candidato à Presidência da República, Eduardo Campos pelo PSB, em seu acidente fatal.
O avião
se acidentou em Santos, em agosto de 2014.
Apolo Santana e João Carlos Lyra são empresários em Pernambuco e compraram o jato Cessna.
A PF constatou que essas empresas eram de fachada, constituídas em nome de “laranjas”, e que
realizavam diversas transações entre si e com outras empresas fantasmas, inclusive com algumas
empresas investigadas na Operação Lava Jato.
Há suspeita de que parte dos recursos que transitaram nas contas examinadas servia para
pagamento de propina a políticos e formação de “caixa dois” de empreiteiras. Segundo a PF, o
esquema sob apuração encontrava se ativo, no mínimo, desde o ano de 2010.
Cerca de 200 policiais federais dão cumprimento a 60 mandados judiciais, sendo 33 de busca e
apreensão, 22 de condução coercitiva e cinco de prisão preventiva.
Também estão sendo
cumpridos mandados de indisponibilidade de contas e sequestro de embarcações, aeronaves e
helicópteros dos principais membros da organização criminosa.
Os mandados judiciais estão sendo cumpridos em 16 cidades pernambucanas, além do Aeroporto
de Guararapes: Boa Viagem, Vitória de Santo Antão, Pau Amarelo, Imbiribeira, Piedade, Cordeiro,
Espinheiro, Alto Santa Terezinha, Barra de Jangada, Ibura, Moreno, Várzea, Lagoa de Itaenga,
Pina, Muribeca e Prazeres.
Os presos e os conduzidos coercitivamente serão levados para a sede da Polícia Federal no
Recife. Os envolvidos responderão, na medida de seu grau de participação no esquema
criminoso, nos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
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