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domingo, 19 de junho de 2016

DIÁRIO revela esquema de estelionato em clubes

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Espote
"Esquema de Corrupção"

Jogadores acusam empresários que gerenciam
o Icasa de cobrarem dinheiro em troca de vagas no elenco
(Foto: Reprodução Internet
“Quando chega um jogador do Tiago e do Matheus aqui, a gente brinca e fala: ‘Olha lá, mais um jogador-pedágio’. É uma situação delicada.” Mesmo com receio de sofrer represálias, o atual técnico do Icasa, o português Paulo Morgado, reconhece que o clube cearense é vítima de um esquema de venda de vagas no elenco profissional, conhecido como pedágio.
Dono de uma das 68 vagas na Série D do Campeonato Brasileiro, mas sem recursos para manter a equipe profissional, a diretoria do time de Juazeiro do Norte (CE) passou a gestão do futebol à M9 Sports. Os representantes da empresa, Tiago Santos e Matheus dos Reis — este envolvido no escândalo batizado Máfia das Apostas, revelado em março pelo DIÁRIO —, são acusados de cobrar dinheiro de atletas em troca de lugar nos times gerenciados por eles.
Os jogadores Jefferson Carvalho, de 27 anos, e Gabriel Menoci Salvador, de 20, garantem: pagaram aos empresários para atuar, respectivamente, por Rio Branco-SP e Grêmio Barueri. Ambos os casos aconteceram no ano passado. O DIÁRIO ouviu relatos de outros atletas, segundo os quais o pedágio também foi praticado por Tiago Santos no Mixto-MT. Procurados pela reportagem, eles negam a prática do pedágio.
“Eu e meu pai pagamos R$ 7 mil para eles. O Matheus falou que eu iria para o Barueri jogar a Série D. O meu primeiro salário seria de R$ 7 mil. Eu tinha certeza absoluta de que iria receber. Prometeram mil coisas pra mim e foi tudo mentira”, lamenta-se o atacante Gabriel Menoci, que nunca nem sequer atuou pelo clube da Grande São Paulo — ele chegou a treinar no Icasa, mas foi dispensado depois de contrair uma virose.

DIÁRIO já fez outra denúncia, de suborno em clube paulista

“O combinado é assim: você paga e treina um mês para começar a receber o salário, mas, primeiro, precisa adiantar o dinheiro para eles. O Matheus e o Tiago dizem que têm um esquema com o clube e vão fazer o seu contrato como profissional”, acrescenta Gabriel.

Má-fé

Sediado em Juazeiro do Norte, a cidade de Padre Cícero, o clube nordestino passa por grave crise financeira. Com muitas dívidas, os cearenses optaram por terceirizar a gestão do futebol profissional, cedendo-a para a M9 Sports.
Nos últimos meses, mais de quarenta atletas passaram pelo Icasa. Não se sabe ao certo quantos deles pagaram para fazer parte da equipe. 
Arrependido por aceitar o convite da equipe cearense, que o apresentou como comandante em 8 de maio, o técnico Paulo Morgado conta que os jogadores levados por Tiago Santos e Matheus dos Reis não têm condições de serem atletas profissionais de futebol.
“Eu nunca tinha ouvido falar nessa palavra (pedágio). Para mim, isso era coisa de estrada... Mas a única forma de eles (jogadores) estarem aqui (Icasa) foi terem pagado alguma coisa. Não tenho provas, mas a sensação que fica é essa. Dispensei todos, mas alguns continuam aqui. Não quero nem vê-los, tem cara que não sabe chutar uma bola”, explicou o português. “Para você ter uma ideia, eu só trabalho com 16 jogadores. O resto, deixo de lado.”
O auxiliar administrativo Edílson Luiz, que acompanha diariamente os treinamentos do time e é responsável por fazer a ponte entre M9 Sports e diretoria do Icasa, sugere uma investigação policial no clube.
“Nenhum (jogador) tem a mínima qualidade. É uma coisa muito estranha. A gente não pode dizer nem que sim (sobre eles praticarem o pedágio) nem que não, mas que é suspeito, é... Se eu fosse da Polícia Federal ou da Polícia Civil, eu investigava esses caras (Santos e Reis). É a maior ‘putaria’ o que está acontecendo aqui no Icasa, tem de levar todo mundo preso”, desabafou o funcionário do Icasa.

‘Nem Deus agradou a todo mundo’, diz gestor

Empresários acusados pelos jogadores negam a prática do pedágio
Os empresários Matheus dos Reis e Tiago Santos negam a acusação de que cobram dinheiro de jogadores para colocá-los nos clubes gerenciados pela M9 Sports. Reis era técnico do Grêmio Barueri no dia 11 de fevereiro, quando a equipe da Grande São Paulo recebeu  oferta de um apostador para perder por mais de três gols o jogo contra o Rio Preto, pela Série A-3 do Paulista. O caso foi revelado pelo DIÁRIO.  
“Já fui muito bombardeado pelo que aconteceu no Grêmio Barueri. Estou começando como gestor e faço um  trabalho  sério e honesto”, afirmou Reis.  “Hoje, nós gastamos no Icasa em torno de R$  100 mil por mês para manter o time. Não teria motivo nós pegarmos merrequinha para mantermos o nosso gasto. Só trabalhamos com jogadores sérios”, assegurou.
Parceiro de Reis, Santos também afirmou não existir a prática do pedágio no clube de Juazeiro do Norte. Ele afirmou dar chance para jovens jogadores demonstrarem seu potencial, sem receber nada em troca. 
“Todo dia, eu recebo ligação de investidores querendo colocar jogador aqui. Se o atleta pagar a alimentação, a passagem e os custos dele durante os 15 dias de avaliação, eu posso ajudar.  Mas nenhum jogador que passou pelo Icasa me pagou um tostão”, defendeu-se Santos.   “Não acho justo o Matheus e eu bancarmos esses profissionais e darmos oportunidade para eles. Mas se nem Deus agrada a todo mundo,  por que eu, o Matheus e a M9 vamos agradar?”  
Perguntado sobre os R$ 2 mil pagos pelo lateral Jefferson Carvalho para atuar no Rio Branco, Tiago confirma parte da história.  “Ele ajudou o clube com o dinheiro, mas, infelizmente, não tinha condições  nenhuma de permanecer no elenco”, afirmou o empresário.
Santos disse não ter conhecimento sobre o problema envolvendo o atacante Gabriel. Já Reis desligou o telefone – e não mais o atendeu — antes de ser questionado sobre o suposto pagamento de R$ 7 mil.

 ENTREVISTA

Jefferson Carvalho_ Ex-jogador de futebol
 ‘Esses caras acabam com o sonho das pessoas’
 DIÁRIO_ Como você conheceu os empresários Tiago Santos e Matheus dos Reis?
JEFFERSON CARVALHO_ Eu fui profissional durante alguns anos. Joguei na Alemanha, no XV de Piracicaba, no Atibaia, no Tigres-RJ, mas a coisa apertou e parei em 2013. Ano passado, surgiu uma oportunidade de voltar à Alemanha e eu fui. Quando cheguei lá, fiquei decepcionado, o time era muito “várzea” e voltei ao Brasil. Na época, uma pessoa estava me ajudando a encontrar um clube e viu um anúncio deles (Santos e Reis) no Facebook. Foi aí que eu os conheci.

Como foram esses primeiros contatos com eles?

Nessa época (primeiro semestre de 2015), eles estavam negociando com o Grêmio Barueri para a disputa da Copa Paulista. O Matheus me disse assim: “Bom, como você já foi profissional, se conseguir me enviar R$ 1 mil nesses dias, eu consigo fechar você aqui no elenco (do Barueri) por esse valor”. Eu acabei não mandando, não tinha muita confiança, não conhecia os caras e não sabia como funcionava. Ficamos conversando, o tempo foi passando... Acabei aceitando fechar se tivesse algum salário.

Como aconteceu o acordo?

No último jogo do Grêmio Barueri no Campeonato Paulista do ano passado, eu fui com o pai de um outro jogador assistir. Conheci os dois. Os caras me apresentaram um treinador que dirigia o time e acreditei neles. Então, depositei R$ 2 mil na conta de um amigo deles.  Foi passando o tempo, chegando perto da competição e nada de me chamarem para treinar. Acabei conhecendo vários pais de outros jogadores que depositaram dinheiro para eles. 

Por que você foi jogar no Rio Branco?

Como não deu certo a parceria com o Barueri e eles já tinham pego o dinheiro de um monte de gente, fomos às pressas para o Rio Branco de Americana. Isso foi tudo em cima da hora. Chegamos lá e vi um monte de coisa errada. A gente não tinha treinador, não tinha comando algum. No primeiro treino, chegou um pessoal para ver e, como não tinha jogador suficiente, acabaram entrando no campo e treinando com a gente.  Olha o nível da coisa! Foi uma bagunça, muita bagunça! Eu vi que o time (o elenco profissional) treinava e a gente ficava separado, meio que em avaliação. Quando a gente ia lá reclamar, eles (Santos e Reis) falavam que o treinador era deles, que estava todo mundo acertado no time. 

Vocês acabaram dispensados? O que aconteceu?

Então, depois assumiu um outro treinador. Esse cara disse que todo mundo (jogadores levados pelos empresários) estava em avaliação e nós estranhamos. O cara foi mandando todo mundo embora, mas o Tiago dizia que o treinador ia cair e íamos voltar. Tinha cara gordo, sem condição nenhuma. Acabou que só uns dois ou três jogadores acabaram ficando. Chegaram a ser profissionalizados, mas depois foram mandados embora. Estava bem claro que os jogadores do Tiago e do Matheus não tinham condições de serem aproveitados.

Pediu o dinheiro de volta?

Sim. Na hora de ir embora, eu pedi, mas o Tiago falou que não tinha naquele momento. Então, me deu um cheque e disse que era de uma cliente deles. Eu depositei e, depois, o cara do banco me ligou. Disse que o cheque voltou porque a assinatura não batia, era falsa. É aquilo: depois que você dá o dinheiro, sabe que não vai ter de volta. Esses caras acabam com os sonhos das pessoas.

Depois disso, você chegou a ter algum contato com eles?

Quando vi que eles acertaram com o Icasa, mandei uma mensagem para o Matheus. Ele disse que, com a parceria com o Icasa, ia se levantar financeiramente e me pagar. Falou que não tinha me esquecido. É claro que foi mais uma enrolação deles.  

Esse golpe é comum no futebol brasileiro?

Eu nunca joguei em time grande e não sou famoso. Caras que nem eu, que não têm nome e não têm empresário forte, acabam sendo vítimas desses golpes. Até onde eu sei, isso é normal, sim.

Quanto os empresários costumam pedir para o jogador?

Bom, para mim, o valor de cara foi R$ 5 mil, mas nós fomos conversando e abaixaram o valor. Tem cara que paga mais. Tinha um menino lá (Rio Branco) que o pai pagou R$ 15 mil.

Você parou de jogar?

Jogador tem vergonha de falar que pagou para jogar. É triste, né? Depois de tudo isso, a gente perde a motivação de trabalhar com o futebol. Agora estou estudando.

 PRÁTICA PODE SER ENTENDIDA COMO ESTELIONATO

O advogado Gauthama Fornaciari de Paula, do escritório Siqueira Castro, acredita que a prática do pedágio (cobrança de dinheiro a jogadores em troca de um lugar no elenco) pode ser considerada um crime. Segundo o especialista em Direito penal, o golpe  precisa ser investigado.
“De forma geral, talvez seja estelionato, pois você engana a pessoa e, no final, ela acaba tendo um prejuízo. Mas isso tem de ser apurado. Pode-se haver o entendimento de que seja inadimplência contratual”, explica. 
Ainda segundo Fornacita, existe infração do artigo 203 do Código Penal (frustração de direito trabalhista assegurado pela CLT)  quando o clube firma contrato com um jogador e não lhe paga os salários combinados. 
 Já o advogado Flávio Pires, especialista em direito desportivo, vê desrespeito ao Estatuto do Torcedor. “Uma vaga num clube não é vendável, é questão de meritocracia. Colocá-la à  venda é uma fraude desportiva”, afirma.

Fonte: Diário de São Paulo


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