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11/01/2012
G1 CE
A Polícia Civil e o grupo de negociação do governo do Ceará acertaram que os policiais civis, que aderiram à paralisação, vão atender à população em procedimentos, como boletins de ocorrência, em um trailler móvel nesta quarta-feira (11). O acordo surgiu após reunião desta terça-feira (10), entre o secretário de Segurança Pública do Ceará, coronel Francisco Bezerra, com o presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), Jânio Gandra.
Bezerra prometeu se reunir em seguida com o governador Cid Gomes (PSB) e sinalizar algum tipo de acordo e em troca pediu um "sinal" à Polícia Civil. Jânio Gandra avaliou que a reunião foi positiva. "Fizemos nosso papel, pedimos um canal de negociação ”, afirmou o presidente do Cobrapol. Após conversar com o governador , o secretário de segurança telefonou para Jânio Gandra e chegaram ao primeiro acordo. A greve da Polícia Civil, reiniciada no último dia 3 de janeiro, entra no oitavo dia nesta quarta-feira (11).
Atendimento
O atendimento à população será de 8h às 18h, na Praça dos Voluntários em frente à Delegacia Geral da Polícia Civil, no centro de Fortaleza, onde os grevistas estão concentrados desde a semana passada.
Também nesta quarta (11), às 14h30, vai haver uma reunião no Palácio da Abolição, entre a diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpoci), comissão da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Ceará (OAB-CE), comissão da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Policia Civil, Cobrapol, chefe de gabinete Ivo Gomes, a Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), a Procuradoria Geral do Estado (PGE), Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) e Secretaria da Fazenda.
em definição
Na manhã da sexta-feira (6), o Sinpoci entregou à Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) uma proposta que pede a não punição ao policial civil que participa do movimento grevista desde julho de 2011; devolução do dinheiro dos 199 policiais civis que tiveram seus salários descontados no início do mês de dezembro de 2011; alteração do artigo 35, referente às promoções a policiais civis que tenham nível superior; hora-extra constitucional; extinção do serviço extraordinário e reajuste salarial para que policiais civis ganhem o equivalente a 60% do subsídio de um delegado, que é R$ 7.500.
O Sinpoci orientou a categoria a parar 100% dos serviços na última terça-feira (3), poucas horas antes do fim da paralisação dos policiais militares, iniciada no dia 29 de dezembro. Segundo a presidente do Sindicato dos Policiais Civis do estado (Sinpoci), Inês Romero, a categoria volta as atividades apenas quando tiver as reinvindicações atendidas. “Por que os PMs têm a pauta atendida e a gente não? Vamos continuar sim”, disse Inês, informando que não foi avisada sobre a reunião entre governador.
A greve da Polícia Civil foi retomada no dia 3 de janeiro, horas antes do fim da paralisação dos policiais militares,que conseguiram reajuste salarial de 56% e redução da carga horária de 46 horas para 40 horas, entre outros benefícios.
Entenda o caso
A primeira paralisação da categoria ocorreu no dia 2 de julho de 2011, mas foi suspensa pela Justiça em 5 de julho pela 6ª Vara. A categoria retomou as atividades em 3 de agosto após impasses com a Justiça. Nova paralisação foi realizada em 14 de outubro, mas o movimento, mais uma vez, foi considerado ilegal pela Justiça, fazendo com que os policiais voltassem ao trabalho em 14 de dezembro.
Nas duas primeiras paralisações a categoria permaneceu com 30% do efetivo trabalhando nas delegacias cearenses. Agora, no entanto, segundo informações do Sinpoci, 100% do efetivo policial está orientado a paralisar as atividades.
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