Relato de testemunha pode elucidar o crime

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Fonte: Diário do Nordeste

As investigações em torno da morte do cantor e produtor musical José Antônio de Morais Pires, o ´Tony Morais´, ocorrida no último dia 10, estão bem próximas de levar a Polícia Civil à identificação dos criminosos. O depoimento detalhado de uma testemunha ocular do assassinato revelou informações que até então eram desconhecidas da Polícia.

A testemunha (identidade preservada) forneceu um importante relato da dinâmica do crime e descreveu os criminosos, além de apontar como os três suspeitos presos agiram logo após a vítima ter sido baleada.

Diante dos últimos indícios levantados, a principal vertente das investigações caminha em direção a uma suposta ´saidinha´ bancária mal sucedida, muito embora, não esteja ainda totalmente descartada a hipótese de um crime de encomenda.

Quem matou o artista ´ sabia de sua rotina, sabia que ele costumava percorrer aquele trajeto no bairro Messejana e tinha a informação de que ele havia sacado a quantia de R$ 15 mil (e não R$ 10 mil como foi divulgado no dia do fato). Do valor total retirado na agência do Banco do Brasil da Avenida Oliveira Paiva, na Cidade dos Funcionários (e não no Bradesco da Avenida Washington Soares, como a Polícia inicialmente divulgou), R$ 5 mil misteriosamente ´sumiram´.

Tiro

Segundo a testemunha, o artista foi perseguido e morto por dois homens que estavam em uma motocicleta. O piloto é um homem negro, forte, que usava camiseta na hora do crime. Quem atirou (apenas um disparo) foi o garupeiro, um homem branco, magro, que acertou o tiro próximo à axila esquerda da vítima.

O único e certeiro disparo não estilhaçou o vidro da caminhonete Hilux, branca, pertencente a ´Tony Morais´. Ficou um furo no vidro, conforme atestou a Perícia Forense (Pefoce).

O tiro foi disparado à curta distância, já que um dos assassinos ainda falou algo para a vítima, provavelmente ordenando que esta parasse o carro.

Baleado, ´Tony Morais´, ainda dirigiu por alguns metros, mas bateu no muro de uma residência. Deu uma ré, bateu novamente e, em seguida, parou. Os assassinos fugiram sem nada levar. Mas, logo em seguida, apareceram na cena do crime os três homens que acabaram presos pela PM como suspeitos, identificados como Antônio Marcos Neto da Silva, 27; Jorge Adriano Gonçalves de Lima, 28; e Jardel dos Santos Alves, 20.

Os suspeitos foram presos depois de levar a vítima até o ´Frotinha´ de Messejana, em sua caminhonete. Com eles, a Polícia encontrou a quantia de R$ 10 mil. Muito embora tenham dito que estavam ´socorrendo´ a vítima, a investigação aponta que eles, supostamente, iriam ´desovar´ o corpo do cantor e fugir com a Hillux, mas mudaram de estratégia quando se depararam com a Polícia no caminho e montaram a versão de que estavam prestando socorro ao artista ferido.