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FONTE G1 SP
Um grupo de 11 passageiros com destino à João Pessoa (PB) e Juazeiro do Norte (CE), que não conseguiu embarcar após o incidente com um avião de carga no Aeroporto Internacional de Viracopos, está há quase dois duas hospedado em um hotel no bairro Alphaville, em Campinas, (SP) e reclamam do atendimento recebido da companhia aérea Azul. "Queremos chegar logo ao nosso destino, afinal estamos perdendo compromissos importantes", diz Leocássio Barbosa da Silva, empresário que tinha reuniões de trabalho nesta segunda-feira (15), no Ceará.
Segundo Silva, o grupo, que contava com 80 passageiros na noite de sábado (13), foi resumido a 11 no domingo (14), depois que a Azul remanejou 69 passageiros para voos saindo de São Paulo (SP) e de Guarulhos (SP). Dentre as pessoas que permanecem no hotel, há quatro com destino à Juazeiro do Norte e sete para João Pessoa.
Engano
Ainda segundo o empresário, na manhã desta segunda-feira a companhia enviou táxis ao hotel para transportar os sete passageiros com destino à João Pessoa ao Aeroporto de Viracopos, com a informação de que o voo havia sido liberado. No entanto, após as malas terem sido colocadas nos veículos, a aérea informou que a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não autorizou a decolagem e os passageiros tiveram de voltar ao hotel.
"Uma mãe não parava de chorar com o filho no colo", conta Silva. A mãe é a babá Germana Silva de Lima, de 32 anos, que havia marcado uma consulta ao pediatra para o filho de 2 anos na capital da Paraíba para a manhã desta terça-feira (16). "Já entrei em contato com minha família para desmarcarem o médico", conta ela.
Além do adiamento da consulta, a babá reclama da falta de fraldas descartáveis e de leite de soja para o filho, que tem intolerância à lactose. "Se eu não tivesse descido [até a recepção do hotel] e botado a boca no trombone hoje de manhã, a Azul não teria movido uma palha para me ajudar", conta Germana, que conseguiu fraldas e leite da companhia aérea após reclamar por mais de um dia.
O empresário disse que outra mulher do grupo está com a mãe internada na Unidade de Terapia Intensiva em João Pessoa e há também uma idosa hipertensa no grupo. "Apesar de já saber de tudo isso, a Azul não está fazendo nada", lamenta Silva.
A assessoria de imprensa da companhia aérea Azul informou que segue rigorosamente a resolução 141 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que garante hospedagem, transporte, alimentação e comunicação a passageiros lesados por incidentes como o ocorrido em Viracopos. A companhia lamenta o transtorno pelo qual o grupo passou e esclarece que, desde o início, trabalhou de acordo com as previsões passadas pela Infraero e pela Centurion, empresa responsável pelo aeronave cargueira que bloqueou a pista de pouso.
Prejuízos
Todos os pousos e decolagens dos voos da Azul foram cancelados após um dos pneus do trem de pouco de uma aeronave ter estourado durante a aterrissagem às 20h de sábado na única pista do aeroporto. De acordo com a companhia aérea, que responde por 85% do movimento de passageiros no terminal, o incidente já afetou cerca de 25 mil pessoas até o fim da manhã desta segunda-feira.
Os trabalhos para remoção do veículo, limpeza e manutenção do asfalto da pista recomeçaram às 16h desta segunda, após 44 horas do incidente. Às 17h35, o aeroporto foi reaberto e as companhias aéreas iniciaram os check-ins para a retomada dos voos.
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