Mensalão: Advogado diz que absolvição no STF 'devolve tranquilidade' a Duda Mendonça

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FONTE AGENCIA ESTADO

Supremo absolve Duda de todos os crimes
Em um placar de 7 a 3, publicitário e sócia são absolvidos por lavagem e evasão; Valério é condenado

De acordo com Kakay, quem foi acusado nesse processo ficou com a "pecha de mensaleiro" durante sete anos; por 7 a 3, STF absolveu Duda de todos os crimes no processo.

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, mais conhecido como Kakay, que participou da defesa dos publicitários Duda Mendonça e Zilmar Fernandes, absolvidos pela maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) dos crimes de evasão e lavagem de dinheiro, afirmou nesta segunda-feira que a decisão devolve a tranquilidade a eles. O publicitário foi responsável pela campanha presidencial que elegeu Lula em 2002.

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De acordo com Kakay, quem foi acusado nesse processo ficou com a "pecha de mensaleiro" durante sete anos. Apesar de ter elogiado a TV Justiça, ele criticou a transmissão dos julgamentos criminais. Kakay comemorou o placar do julgamento, que assegurou com folga a absolvição dos publicitários. Apenas o relator do processo, Joaquim Barbosa, e os ministros Luiz Fux e Gilmar Mendes votaram pela condenação de Duda Mendonça e Zilmar.

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A lista de absolvidos inclui ainda Cristiano Paz, ex-sócio do publicitário Marcos Valério; Geiza Dias, funcionária da SMP&P; e Vinicius Samarane, ex-diretor do Banco Rural. Os três por falta de provas, segundo argumento da maioria dos ministros. A única divergência sobre estes três réus foi de Marco Aurélio Mello apenas com relação a Geiza Dias. Para o ministro, ela foi a "autora material" do crime de evasão.

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Já a relação dos condenados inclui, além de Valério, seu ex-sócio Ramon Hollerbach e a ex-diretora da SMP&B Simone Vasconcelos. No chamado núcleo financeiro do esquema, a ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello e o ex-vice-presidente do banco José Roberto Salgado. Sobre esse núcleo, a divergência se deu apenas no voto da ministra Rosa Weber. Ela considerou que Kátia e Salgado não cometeram o crime de evasão.

A maioria dos ministros absolveu o publicitário do crime de lavagem referente a saques feitos no Banco Rural por Zilmar Fernandes no total de R$ 1,4 milhão e ainda na parte que trata dos 53 depósitos feitos na conta da offshore Dusseldorf, em operações que envolveram Valério e o núcleo do Rural. Neste caso, o das 53 operações, apenas três ministros condenaram o publicitário e sua sócia, enquanto outros sete foram favoráveis à absolvição. 

Houve unanimidade entre os ministros do STF para absolver Duda e Zilmar na parte da denúncia que os acusa de lavagem pelos saques feitos na agência do Banco Rural em São Paulo. Na acusação de evasão de divisas, Marco Aurélio Mello foi a única divergência para condenar os dois. Os outros nove ministros não viram provas suficientes do Ministério Público e os absolveram.