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Política
"Crise Político e Econômico"
Em entrevista ao Diário do Nordeste, o governador Camilo Santana faz um balanço do primeiro ano de mandato, enumera as frustrações na gestão e lamenta os impactos da crise política e financeira no Estado Foto:José Leomar |
O governador Camilo Santana está concluindo seu primeiro ano de mandato no
Governo do Ceará e admite certa frustração por não realizar o que idealizou na
administração pública, como a implantação do Bilhete Único na Região Metropolitana
de Fortaleza (RMF), cujo projeto foi aprovado na Assembleia Legislativa, mas só será
executado em 2016.
Também diz que gostaria de ter colocado mais policiais para
atuar na Segurança Pública do Estado. O chefe do Poder Executivo, em entrevista ao
Diário do Nordeste, culpou a crise econômica e política nacional e o ano de estiagem
no Ceará por inviabilizar algumas ações.
"Tive azar de pegar o Estado nessa situação.
As vacas gordas tinham em outras gestões", declarou. Apesar dos percalços, o
governador comemora diálogo com o funcionalismo público. O desafio para o próximo
ano é superar a dengue e o zika vírus.
Por ora, Santana evita comentar disputas
eleitorais no próximo ano, mas afirmou que tem tido "parceria forte" com o prefeito de
Fortaleza, Roberto Cláudio.
Chegando ao fim do primeiro ano de Governo, o senhor realizou o que tinha
previsto?
Não, não consegui fazer aquilo que gostaria de ter feito no primeiro ano do meu
Governo.
Não esperávamos enfrentar essas dificuldades na economia. Mas,
principalmente, diante do problema de seca que exigiu do Governo ações
emergenciais. A prioridade era para que a gente pudesse garantir que os cearenses
não sofressem tanto com o problema da falta de água. São quatro anos com chuvas
abaixo da média e o Governo teve que fazer adutoras, operação carro pipa, perfurar
poços.
A seca afetava mais a área rural, agora não. A grande concentração da
população está na área urbana e as sedes municipais estão sofrendo com falta de
água. Temos hoje monitoramento diário da situação de cada município.
Em Boa
Viagem perfuramos 82 poços para conseguir água. Foram quase mil poços entre
sedes municipais e distritos. Em janeiro, vamos concluir a adutora de Quixeramobim.
Foram R$ 30 milhões investidos.
Autorizamos ordem de serviço para adutora de
Cedro. Então, é um conjunto de ações e monitoramento. Todo mês eu me reúno com
a equipe pensando em ações estruturantes. Primeiro, a Transposição do São
Francisco, que foi o primeiro pedido que fiz à presidenta Dilma logo após a eleição.
Para se ter ideia, essa foi a pior recarga de água nos últimos 13 anos. Cerca de 80%
da água que abastece a Região Metropolitana de Fortaleza vem do Castanhão e, se o
inverno for ruim, a nossa segurança vai ser a Transposição. Se pegar parte do Cariri,
CentroSul, Sertão Central, Jaguaribe e Região Metropolitana de Fortaleza, é onde
está dois terços da população do Ceará.
Fonte Diário do Nordeste |
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