Malvinas News Nosso portal de notícias
Polícia
O preso teve a cabeça cortada por outro detentos. Foi a terceira morte no local em dois dias (Foto: Reprodução Jornal TV) |
Detentos realizaram uma segunda rebelião no Complexo Prisional do Curado, o Antigo Presídio Professor Aníbal Bruno, nesta terça feira (20).
Durante tumulto, outro detento foi assassinado a facadas dentro do presídio.
Mario Antônio da Silva, 52, que cumpria pena desde 2006, teve a cabeça cortada por outro reeducandos durante a manhã.
Essa foi a terceira morte no local em dois dias.
O sargento Carlos Silveira do Carmo, 44 anos, e o detento Edvaldo Barros da Silva Filho, 34, morreram baleados durante um motim no mesmo presídio. Houve reforço policial e confronto dentro das unidades prisionais.
Centenas de presos exibiram facas e foices por cima dos pavilhões. Alguns tocaram fogo em roupas e colchões como forma de protesto contra a superlotação nas celas.
Vários detentos também atiraram pedras e os policiais revidaram com balas de borracha.
O Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) foi acionado para conter os reeducandos no Presídio Frei Damião de Bozzano, mas precisou recuar devido a concentração dos internos.
No Presídio Marcelo Francisco de Araújo, um grupo segurou uma faixa pedindo paz no
complexo e ficou boa parte do tempo fora dos pavilhões. Eles passaram a maioria do tempo
nos corredores da unidade como forma de protesto.
Parentes de vários detentos permaneceram próximo ao portão, aflitos por notícias dos familiares. A principal preocupação era sobre a possibilidade de homicídios dentro do Complexo do Curado.
Uma mulher, que preferiu não se identificar, conseguiu se comunicar com o filho de 19 anos, que está preso. O interno teria informado que a rebelião não iria acabar tão cedo.
A movimentação se acalmou no início da noite, mas vários policiais permaneceram nas guaritas e no lado de fora para observar qualquer sinal de confronto. As faixas de protesto contra a superlotação permaneciam penduradas nas grades.
Os presos também demonstraram o descontentamento com o juiz Luiz Rocha, 1ª Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Vários moradores relataram sons de tiros durante a madrugada desta quarta (21). Imagens feitas por celular mostraram o momento dos disparos dentro das unidades.
Informações do NE10 Atualmente, o Complexo Prisional do Curado está com aproximadamente 6.600 mil internos, sendo que o espaço comporta apenas 2.100.
Os reeducandos ficaram rebelados pela superlotação e demora no julgamento dos processos.
Nos primeiros dias de janeiro, o novo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, enfrentou a primeira crise no caótico sistema prisional do Estado.
Em apenas quatro meses e uma semana como secretário de ressocialização, Humberto Inojosa renunciou ao cargo. Em seu lugar, assumiu o coronel da PM Eden Vespaziano.
Na ocasião, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, anunciou também um pacote de medidas.
A promessa mais ousada foi acabar com a circulação de armas brancas e celulares nas unidades prisionais, feita três dias depois de flagrantes registrados
no Complexo do Curado.
No último dia 7, o Batalhão de Choque foi ao local e fez uma varredura, encontrando cerca de 40 armas e celulares. O sistema prisional do Estado é proporcionalmente o mais superlotado do Brasil, com déficit de agentes penitenciários e policiais militares para a segurança e monitoramento.
malvina.news@gmail.com Jornal TV |
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui, seu comentário.