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Política
"Voltou atrás"
Waldir Maranhão anunciou decisão de anular impeachment na manhã desta segunda-feira (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado) |
O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP MA), revogou
decisão tomada por ele na manhã desta segunda-feira (9) no qual anulou a sessão em que
a Casa aprovou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Na
decisão, o parlamentar não explica os motivos que o levaram a revogar o próprio ato.
A revogação, confirmada pela assessoria de imprensa da Câmara e do deputado, foi
assinada na madrugada desta terça-feira (10) e divulgada para jornalistas por mensagem
de celular.
Na peça, há ainda um ofício em que Maranhão comunica o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB AL).
O deputado chegou a defender seu ato nesta segunda-feira.
Em discurso de menos de três
minutos, o presidente interino disse que sua decisão de anular a sessão teve como bases a
Constituição Federal e o Regimento Interno da Câmara, "para que nós possamos corrigir
em tempo vícios que certamente poderão ser insanáveis no futuro".
A anulação de Maranhão, contudo, não foi aceita pelo presidente do Senado, Renan
Calheiros, que a classificou como "extemporânea". Mesmo com a recusa, líderes partidários
na Câmara articulavam votar já nesta terça-feira recurso no plenário da Casa para derrubar
a decisão do presidente interino de anular a sessão, para evitar a judicialização do
processo.
Por conta de sua decisão pela anulação do impeachment, Maranhão também teve pedido
de expulsão do PP apresentado por integrantes do partido.
Até a noite dessa segunda-feira,
a previsão era de que a Executiva Nacional da legenda aprovasse a suspensão temporária
do deputado da sigla, enquanto o processo de expulsão definitiva estiver sendo analisado
pela comissão de ética da agremiação.
O presidente do Senado Renan Calheiros anunciou mais cedo a decisão de ignorar a
medida de Maranhão e dar continuidade ao processo de impeachment. A votação ocorrerá
nesta quarta-feira (11), com início às 9 h.
Fonte: Estadão Conteúdo
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