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Política
Ministro do Supremo, Teori Zavascki, durante sessão. (Foto: Eraldo Peres/AP) |
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki autorizou, nessa sextafeira
(6), a abertura de inquérito contra 47 políticos para apurar a participação deles no esquema
investigado pela operação Lava Jato, que investiga irregularidades na Petrobras. Ao todo,
são 22 deputados federais, 12 senadores, 12 exdeputados e uma exgovernadora de seis
partidos (PMDB, PT, PP, SD, PSDB e PTB). Há mais pessoas que serão investigadas, mas
não têm ou tiveram cargos eletivos.
Entre os nomes que fazem parte da lista, estão do presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDBAL), do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDBRJ) e da exgovernadora do
Maranhão Roseana Sarney (PMDBMA). A presença desses nomes já era dada como certa
desde o início da semana.
Os pedidos de abertura de inquérito foram feitos pela ProcuradoriaGeral da República na
última terçafeira (3), mas estavam sob sigilo, retirado hoje por Zavascki.
Na última terçafeira (3), a Procuradoria enviou 28 pedidos de abertura de inquérito contra
pessoas supostamente envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras que, segundo a
Polícia Federal, movimentou R$ 10 bilhões em lavagem de dinheiro e pagamento de
propina.
O dinheiro teria sido desviado de contratos superfaturados entre empreiteiras e a estatal e
parte desses recursos era repassado a partidos e políticos.
Veja a lista completa:
Vice governador
João Leão (PPBA) – vicegovernador da Bahia
Senadores
Renan Calheiros (PMDBAL) – presidente do Senado e do Congresso Nacional
Antonio Anastasia (PSDBMG)
Benedito de Lira (PPAL)
Ciro Nogueira (PPPI) – senador pelo Piauí e presidente nacional do PP
Edison Lobão (PMDBMA) – senador pelo Maranhão e exministro de Minas e Energia
Fernando Collor (PTBAL) – senador por Alagoas e expresidente da República
Gladison Cameli (PPAC)
Gleisi Hoffmann (PTPR) – senadora pelo Paraná e exministra da Casa Civil
Humberto Costa (PTPE) – senador por Pernambuco e exministro da Saúde
Lindberg Farias (PTRJ) – senador pelo Rio de Janeiro e excandidato ao governo do
Estado
Romero Jucá (PMDBRR) – senador por Roraima e exlíder do governo no Senado
Valdir Raupp (PMDBRO)
Deputados
Eduardo Cunha (PMDBRJ) – presidente da Câmara e exlíder do PMDB na Câmara
Afonso Hamm (PPRS)
Aguinaldo Ribeiro (PPPB)
Aníbal Gomes (PMDBCE)
Arthur Lira (PPAL)
Dilceu Sperafico (PPPR)
Eduardo da Fonte (PPPE)
Jerônimo Goergen (PPRS)
José Mentor (PTSP)
José Otávio Germano (PPRS)
Lázaro Botelho (PPTO)
Luís Carlos Heinze (PPRS)
Luiz Fernando Faria (PPMG)
Missionário José Olimpio (PPSP)
Nelson Meurer (PPPR)
Renato Molling (PPRS)
Roberto Balestra (PPGO)
Roberto Britto (PPBA)
Sandes Júnior (PPGO)
Simão Sessim (PPRJ)
Vander Loubet (PTMS)
Waldir Maranhão PPMA)
Políticos sem mandato
Mário Negromonte (PPBA) – exministro das Cidades, atual conselheiro do Tribunal de
Contas dos Municípios da Bahia
Roseana Sarney (PMDBMA) – exgovernadora do Maranhão e exsenadora
Aline Corrêa (PPSP)
Carlos Magno (PPRO)
Cândido Vaccareza (PTSP)
João Pizzolatti – (PPSC)
José Linhares (PPCE)
Luiz Argôlo (exPP, atual SDBA)
Pedro Corrêa (PPPE)
Pedro Henry (PPMT)
Roberto Teixeira (PPPE)
Vilson Covatti (PPRS)
Outros
Fernado Antonio Falcão Soares (Fernando Baiano) lobista
João Vaccari Neto tesoureiro do PT
Arquivamentos e mais investigações
Além dos pedidos de inquérito, Zavascki arquivou os pedidos de inquérito contra o senador
Delcídio do Amaral (PTMS) e dos deputados Henrique Eduardo Alves (PMDBRN) e
Alexandre Santos (PMDBRJ).
O ministro remeteu ainda à Justiça Federal do Paraná a investigação contra o exministro
Antonio Palocci (PT) por causa de sua função como tesoureiro na campanha vitoriosa de
Dilma Rousseff (PT) à Presidência em 2010. Para a PGR (ProcuradoriaGeral da
República), é impossível investigar a presidente Dilma por "atos estranhos ao exercício de
sua função" no âmbito da Operação Lava Jato, mas determinou a apuração sobre a
arrecadação de recursos para sua campanha de 2010 no pedido de abertura de inquérito
contra o exministro.
Outro lado
A maioria dos 49 deputados e senadores que tiveram inquéritos abertos ou diligências
investigativas autorizadas pelo STF por suposto envolvimento no esquema de corrupção na
Petrobras nega envolvimento com os fatos descritos nos pedidos de inquérito.
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