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Fonte Diário do Nordeste
A pressão foi grande para deixar a Arena Castelão pronta (no que diz respeito ao estádio propriamente dito, sem o entorno) antes do prazo. Três turnos de trabalho, milhares de pessoas envolvidas na obra, e muita, mas muita velocidade para deixar tudo finalizado. No entanto, a pressa pela conclusão da obra já começa a deixar pequenos rastros. Nesta quinta-feira (21), antes da partida entre Ceará e Ferroviário, uma placa de vidro despencou de uma altura de 10 metros do estádio e por pouco não ocasionou uma tragédia.
A peça, certamente mal instalada, estava ali só esperando a hora de cair. Esse não é o único sinal da pressa para entrega do Castelão. Um detalhe denunciado por torcedores também põe em prova a capacidade das cadeiras de suportarem as reações dos torcedores. As placas de metal que sustentam a base das cadeiras têm espaço para quatro grandes parafusos, mas, no entanto, apenas dois foram fixados no local. Na escolha entre pressa e segurança, a primeira alternativa foi empregada.
Outro detalhe estranho do estádio é o acabamento ruim dos degraus, tanto nas arquibancadas, como no estacionamento. O piso parece desnivelado, o comprimento dos degraus parecem diferenciados e podem contribuir para tropeços. Falando no estacionamento, a escada que dá acesso à esplanada é estreita e os elevadores não funcionam - ou pelo menos não foram ligados. Nessa partida mesmo entre Ceará e Ferroviário presenciei a dificuldade de uma idosa em conseguir descer da praça que dá acesso ao estádio par ao estacionamento.
Lembremos que problemas ocasionados pela pressa em finalizar obras por pouco não terminaram em tragédia. Em Sobral, uma marquise mal instalada despencou e atingiu duas pessoas. O caso até agora causa polêmica.
Parte externa
Se problemas já são encontrados nos setores internos do Castelão, o entorno então é um verdadeiro caos. Um exercício grande de compreensão nos ajuda a entender que obras estão em andamento, o que não dá para entender é a sensação de insegurança e o desrespeito com o torcedor.
Na partida entre Ceará e Ferroviário, torcedores foram informados que teriam que comprar ingressos em apenas uma das bilheterias do estádio e para isso muitos tiveram que circundar a pé a arena, passando ao lado da obra da rotatória e enfrentando um caminho em total escuridão e sem nenhuma pavimentação, calçadas ou qualquer tipo de solo que seja apto para a caminhada. Isso sem falar nos problemas de trânsito que a área vive. Em um jogo de 8 mil espectadores, foram precisos 40 minutos para deixar o estádio.
Daí nos perguntamos: como serão entregues as outras obras para a Copa do Mundo que estão atrasadas, como por exemplo no Maracanã? Vamos esperar ocorrer uma tragédia? É preciso que autoridades tomem conhecimento e exijam uma revisão nessas obras para que não ocorram mais acidentes.
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