Esporte: Carta Bomba A Seleção é isso aí mesmo…

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Fonte: G1

Sei que é duro para um brasileiro admitir, mas a Seleção é isso aí mesmo. Exatamente o que vocês viram nesta quinta-feira, contra a Itália. É claro que vai ter lugar para o Thiago Silva, que a gente não precisa aturar o Hulk por tanto tempo, que Ramires e Paulinho podem se encaixar na equipe. Mas os 11 eleitos não fazem tanta diferença, para falar a verdade. O nosso nível é este aí, meus amigos: razoável. É o que mostramos ao longo de toda a Era Mano Menezes e que Felipão herdou nos últimos dois jogos. O Brasil arrancou um empate contra um time que é superior. Teve até chance de vencer. Está de bom tamanho, pelo que a Seleção pode e tem oferecido.

Não que a Itália tenha mais craques. Não tem. Mas como equipe está melhor, mais sólida, vem de uma grande Euro e ainda se renovou depois disso. Há ainda as seleções que têm jogadores melhores e que também estão na nossa frente como equipes, casos de Alemanha e Espanha. Existe ainda o caso excepcional de uma equipe que pode escalar Lionel Messi. O Brasil, neste momento, é escalão intermediário.

A Seleção tem um jogador que, para os europeus, já é aquilo que para nós ainda pode ser. Falo de Neymar, tratado com respeito de grande estrela por eles (a fantasia de sempre aparecer um jogador mágico no Brasil), sofrendo marcação dupla dos italianos. Acredito que Neymar vai chegar lá, justificar o cartaz, hoje, maior que o futebol. Mas ainda não aconteceu.

Como Neymar, muitos de nossos melhores jogadores atuam no Brasil. Sempre achei que isso se devia ao bom momento econômico do país. Hoje, cada vez mais, desconfio que (também) ocorre porque não temos mais tantos talentos para exportar… Aos grandes centros, é claro.

O Brasil foi mais desacreditado do que está hoje para a Copa de 2002 e venceu. Parecia tudo errado apostar em Ronaldo, machucado, e deu certo. Tudo bem que o juiz deu uma boa força contra a Bélgica, também demos sorte no sorteio dos grupos… Mas o Brasil de Felipão, que parecia morto, engatou e venceu. A mesma coisa com a Itália em 2006 ou 1982. E tantas outras seleções que chegam por baixo e saem com a taça. Grandes camisas sempre estão entre os candidatos. Só que o Brasil não vai chegar a 2014 com o favoritismo, técnico, tanto alardeado por Felipão e Parreira. Esta é nossa realidade. É possível melhorá-la com muito trabalho e um pouco de sorte (sempre necessária para tudo no futebol). Mas não acho que seja possível melhorar tanto até lá…

Cornetada

Hulk, se não fosse a bola, teria jogado bem em Genebra… Se o amigo leitor vir um comentarista dizendo que um atacante “foi bem taticamente” em uma partida, pode traduzir com o clássico ele jogou mal pra #@!. Guardem a dica, estou falando sério.