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FONTE ESTADÃO.COM.BR
A maioria dos biocombustíveis é feita a partir de hidrocarbonetos de tamanho e forma incompatíveis com o que seria ideal para uso em motores feitos para usar gasolina. Esses elementos químicos corroem componentes em ritmo mais acelerado que o combustível de origem mineral. Mas a solução para esse problema pode estar próxima: um cientista inglês criou uma bactéria capaz de gerar gasolina sem o uso de petróleo.
O processo é bastante complexo, mas muito promissor. John Love, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, pegou o DNA da bactéria Escherichia coli (que vive no intestino de homens e animais) e o juntou ao genes da cânfora, além de outras bactérias do solo e algas verde-azuladas.
A super bactéria resultante desse processo foi alimentada com glicose. O açúcar foi, então, transformado em ácidos gordos e depois em hidrocarbonetos química e estruturalmente idênticos a gasolina derivada do petróleo.
Love afirmou que se o uso de seu invento em larga escala se confirmar, é possível fazer mutações para que a bactéria se alimente de palha e até estrume. “Estamos perto de produzir o combustível que a indústria de petróleo faz.”
O novo combustível poderá dar fim a uma das principais críticas feitas pelos ecologistas aos biocombustíveis, que é o uso de áreas que deveriam ser aproveitadas para plantar alimentos. Paul Freemont, do Imperial College London, descreve o trabalho de Love como um “belo estudo”. Ele diz que a descoberta tem um grande potencial para diminuir não só o uso do petróleo na fabricação da gasolina, mas também em outros produtos químicos derivados do chamado “ouro negro”, como plástico, solventes e detergentes. Por mais estranho que possa parecer, o estudo está sendo financiado parcialmente pela Shell, umas das maiores petrolíferas do mundo.
SOLUÇÃO RENOVÁVEL
O uso de bactérias manipuladas parece ser o caminho ideal encontrado pelos cientistas para criar um combustível renovável, barato e que ocupe pouco espaço para ser produzido. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o renomado MIT, nos EUA, continuam a estudar a bactéria Ralstonia eutropha, que ao ser privada de nutrientes como nitrato e fosfato, passa a gerar álcool isobutanol (substância presente em todas as bebidas alcoólicas) após absorver carbono da atmosfera. A ideia é transformar essas bactérias em biorreatores e usar o processo em escala industrial. A Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA) realiza um estudo com células de hidrogênio que, ao reagirem com água doce e salgada, geram eletricidade. Depois que o processo estiver estabilizado, a ideia é reutilizar água poluída.
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