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FONTE O POVO ONLINE
Passeata em protesto contra a violência partirá da praça da Igreja Matriz de Jaguaruana, na próxima terça-feira
Em protesto à onda de insegurança que, segundo os moradores, invadiu a cidade desde o início do ano, o comércio e as escolas municipais de Jaguaruana (173,7 km de Fortaleza) fecharão suas portas na próxima terça-feira, 21. O objetivo é chamar a atenção do Governo do Estado para o aumento no número de assaltos no município. Além da paralisação, uma passeata terá início às 8 horas, partindo da praça da Igreja Matriz rumo à Câmara Municipal, onde uma audiência pública, marcada para as 11h, debaterá o problema da segurança pública.
“A situação está muito complicada. Antes, os assaltantes colocavam máscara. Agora, é de cara limpa, a qualquer hora do dia”, relata Gleidson Farias, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Jaguaruana e um dos organizadores do movimento. Segundo Gleidson, desde o início do ano, dos 56 estabelecimentos comerciais vinculados à instituição, 22 já foram vítimas de assaltos.
Disputas políticas
A prefeita de Jaguaruana, Ana Teresa (PT), atribui o aumento da violência a uma falha da Polícia Civil. Segundo Ana Teresa, desavenças políticas teriam motivado o delegado titular de Jaguaruana, Luciano Barreto, a diminuir as investigações na região. “O problema de segurança é em todo o Estado, mas aqui deu uma alavancada assustadora. A gente não vê mais o delegado. Já pedi, inclusive, a transferência dele, mas ainda não recebi resposta”, comenta.
Segundo o delegado Luciano Barreto, as acusações da prefeita seriam impulsionadas por “problemas pessoais”. “Isso tudo é infundado. Não existe crime na cidade que não tenha sido esclarecido”, afirma. Para o delegado, o crescimento no número de assaltos em Jaguaruana é resultado de uma diminuição temporária no policiamento ostensivo da cidade. Além disso, de acordo com Luciano, as últimas apreensões de drogas teriam levado traficantes a praticar assaltos. “Já prendemos uma das quadrilhas que estavam praticando os assaltos. Estamos trabalhando para prender as outras duas”.
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