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FONTE CNEWS
Escolha da árvore se dará pela manhã, no sítio Flores, a 9 km da sede de Barbalha
Um angico de aproximadamente 25 metros e quase 3 toneladas poderá se tornar o pau da bandeira de Santo Antônio, a partir deste domingo, 12. A escolha da árvore se dará pela manhã, no sítio Flores, a 9 km da sede de Barbalha. Um georreferenciamento, realizado no último dia 14 de abril, foi responsável pela proposição de 5 árvores, entre elas o angico e mais quatro jatobazeiros. A festa de Santo Antônio será aberta no dia 2 de junho e termina com a procissão, no dia 13.
A partir das 8h, uma equipe composta do capitão do Pau da Bandeira, Rildo Teles, representantes de órgãos ambientais convidados e de secretarias municipais, como a Cultura, vão adentrar na mata para definir que árvore deverá ser cortada e levada à ´cama do pau´. Durante 15 dias, o tronco é preparado para seguir o roteiro de uma das maiores festas alusivas ao ´santo casamenteiro´, na tradição do Nordeste, evento prestes a ser tombado pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Neste ano, a festa passa a ter um reconhecimento, por meio de projeto de lei, da deputada estadual Fernanda Pessoa (PR), tornando Barbalha a capital cearense dos festejos de Santo Antônio. No dia da festa, cerca de 350 mil pessoas participam das manifestações culturais e do cortejo do pau da bandeira, que este ano deverá sair com uma hora de antecedência, devido aos atrasos de anos anteriores.
Dia do corte
Segundo o capitão ele, é importante que a árvore escolhida seja a mais alta e com maior resistência, para a participação de expressivo número de carregadores. Serão cerca de 150 homens, em todo o cortejo. O corte acontecerá no dia 17. O ritual acontece com a presença dos carregadores.
Depois o tronco será levado até o Sítio Roncador, cerca de 8 km da cidade. Do local, a árvore será preparada para a festa, que sairá de um percurso de aproximadamente seis quilômetros até a sede, no dia 2 de junho. Ele disse que a noção exata do peso da árvore será feita a partir da derrubada. Com o tempo em que fica na ´cama do pau´, a madeira perde a seiva e se torna mais leve para o carregamento.
Com o maior número de pessoas e uma árvore com tamanho ´razoável´, ele prevê a chegada à cidade, neste ano, por volta das 17 horas, com saída às 11 horas, uma hora antes do previsto em anos anteriores. No ano passado, por conta de incidentes no caminho e até um caso de assassinato, já dentro da cidade, além de uma queda de fornecimento de energia, só foi possível chegar às 18h30.
"Caso tenhamos melhores condições e não haja problemas, deveremos chegar dentro do prazo", afirma Rildo Teles. As cinco árvores escolhidas para serem os pretensos mastros da bandeira de Santo Antônio, foram apontadas fora da Área de Proteção Ambiental (APA), da Chapada do Araripe. Segundo Rildo Teles, estão numa área a menos de 600 metros de altitude em relação ao nível do mar.
No ano passado, a árvore escolhida não estava no rol das comumente utilizadas durante o cortejo, isso por conta de vários movimentos relacionados à preservação ambiental e cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), do Ministério Público.
Preservação
A ideia é que não sejam cortadas, principalmente, espécies em extinção, como a aroeira, que chegou a ser retirada em anos anteriores.
O tronco de jacarandá, levado em 2012, de 2,5 toneladas e aproximadamente 24 metros, chegou a quebrar próximo da chegada à igreja matriz de Santo Antônio e precisou ser arrastado até o local onde a bandeira seria hasteada.
As discussões quanto à preservação e sustentabilidade da tradição, a cada ano vêm à tona, por parte de ambientalistas e estudiosos. Neste ano, o pesquisador e professor Josier Ferreira, defende a criação de um conselho consultivo de gestão para o evento. Ele avalia que árvores de mais de 50 ou até 60 anos,estão sendo cortadas e é importante que sejam aquelas em final do ciclo de vida.
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