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FONTE DIÁRIO DO NORDESTE
Abrigando cerca de 40 equipamentos culturais da cidade, o Centro vive às voltas com novos e velhos impasses.
Rachel perdeu seus óculos mais uma vez. Quem nos dera fosse um esquecimento, sinal da idade. Tantas vezes furtaram as lentes, que a estátua da escritora Rachel de Queiroz, à Praça General Tibúrcio, mais conhecida por Praça dos Leões, ficou assim, míope.
Estátua de Rachel de Queiroz, feita por Murilo de Sá Toledo
Estátua de Rachel de Queiroz, feita por Murilo de Sá Toledo
José Augusto Bezerra, presidente da Academia Cearense de Letras, cuja sede fica na praça, confessou que até se cogitou trazer o monumento para dentro da sede, uma garantia de preservação, mas não puderam. Não por outra razão, mas por esta: "Rachel queria estar ali, olhando a praça, e não aqui dentro, entende? É ali o lugar dela", desabafa, contrito.
O desrespeito com a homenagem prestada à cearense, primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, é apenas um dos muitos casos de descaso ao patrimônio histórico e cultural de Fortaleza.
Além de um dos berços do comércio varejista, o Centro é ainda o lar de 40 dos cerca de 70 equipamentos culturais da cidade e também guardião da memória local, seja nos acervos de museus ou nas edificações históricas.
Acima de tudo, é o lugar das gentes, da mistura de classes, reduto de vida em fluxo. Nos últimos anos, contudo, funcionários e usuários tanto do comércio quanto dos equipamentos culturais se ressentem dos problemas que afligem o bairro: a depredação do patrimônio, a desorganização do comércio informal, a falta de manutenção de praças, parques e edificações e a insegurança. Problemas que, aliás, em pequena ou grande escala, rondam o bairro há décadas. Sintomas que, aos poucos, vão corroendo o vigor de um dos lugares mais pulsantes da cidade.
Hoje, o Caderno 3 reflete sobre a relação do Centro com os espaços de cultura que nele se localizam e como os problemas do bairro interferem no uso desses equipamentos. Além disso, lançamos ao leitor um desafio: quantos dos ditos 40 equipamentos você conhece?
O desrespeito com a homenagem prestada à cearense, primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, é apenas um dos muitos casos de descaso ao patrimônio histórico e cultural de Fortaleza.
Além de um dos berços do comércio varejista, o Centro é ainda o lar de 40 dos cerca de 70 equipamentos culturais da cidade e também guardião da memória local, seja nos acervos de museus ou nas edificações históricas.
Acima de tudo, é o lugar das gentes, da mistura de classes, reduto de vida em fluxo. Nos últimos anos, contudo, funcionários e usuários tanto do comércio quanto dos equipamentos culturais se ressentem dos problemas que afligem o bairro: a depredação do patrimônio, a desorganização do comércio informal, a falta de manutenção de praças, parques e edificações e a insegurança. Problemas que, aliás, em pequena ou grande escala, rondam o bairro há décadas. Sintomas que, aos poucos, vão corroendo o vigor de um dos lugares mais pulsantes da cidade.
Hoje, o Caderno 3 reflete sobre a relação do Centro com os espaços de cultura que nele se localizam e como os problemas do bairro interferem no uso desses equipamentos. Além disso, lançamos ao leitor um desafio: quantos dos ditos 40 equipamentos você conhece?
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