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FONTE DIÁRIO DO NORDESTE
Cidade do Vaticano. Em audiência realizada na Praça de São Pedro ontem, Dia do Trabalho, o papa Francisco pediu aos governantes um esforço para gerar empregos e afirmou que o desemprego é consequência de um pensamento econômico que omite "regras da justiça social".
Na Praça de São Pedro, o papa também condenou o trabalho escravo das vítimas do desabamento de um edifício da indústria têxtil, em Bangladesh
"Penso nas dificuldades do mercado de trabalho nos distintos países. Penso nas pessoas, não só jovens, que estão sem emprego, geralmente por causa de uma visão econômica da sociedade fundada no lucro egoísta, fora das regras da justiça social", afirmou, diante de milhares de fiéis, em audiência na praça de São Pedro.
O papa também condenou o trabalho escravo das vítimas do desabamento de um edifício da indústria têxtil, em Bangladesh, que matou mais de 400 pessoas, informou a rádio Vaticano.
"A manchete que me chocou de verdade no dia da tragédia de Bangladesh foi ´viver com 38 euros (R$ 100) ao mês´. Era o que recebiam todas as pessoas que morreram. É o que se chama de trabalho escravo", disse o pontífice. "Hoje, no mundo, essa escravidão ataca algo belo que Deus nos deu: a capacidade de criar, de trabalhar, de ter dignidade. Quantos irmãos e irmãs estão nesta situação", disse.
Exploração
"Não pagar honradamente, não dar um trabalho porque apenas se levam em consideração os resultados financeiros, porque apenas se busca a ganância, é contra Deus", disse.
"Há muitas pessoas que querem trabalhar, mas não podem. Quando uma sociedade se organiza de maneira que todos não têm a possibilidade de trabalhar, esta sociedade não é justa", ressaltou o pontífice.
Como de costume, o pontífice circulou pela Praça de São Pedro em um jipe branco. Sob vivas e aplausos, o papa abençoou os presentes, beijou bebês e abraçou idosos e doentes.
Manifestação
Milhares de pessoas protestaram ontem nas ruas de Daca, a capital de Bangladesh, por ocasião do 1º de Maio, para exigir a condenação dos donos das unidades de confecção do prédio que desabou na semana passada e provocou a morte de mais de 400 pessoas.
O balanço atualizado da tragédia, divulgado ontem, dá conta de ao menos 402 mortos encontrados nos escombros do Rana Plaza, um edifício de oito andares que desabou em Savar, perto da capital. O general Chowdhury Hasan Suhrawardy anunciou que 149 pessoas permanecem desaparecidas.
O número de trabalhadores que conseguiram se salvar foi de 2.437. De acordo com fontes militares, ainda pode demorar entre 12 e 15 dias para a retirada total dos escombros.
Em Daca, os manifestantes exigiram pena de morte aos responsáveis pela tragédia. Sete pessoas, incluindo o dono do Rana Plaza, foram presas acusadas de ligação com o caso. Um continua foragido.
Segundo denúncias, os proprietários das unidades têxteis obrigaram os trabalhadores a permanecerem no prédio, apesar das péssimas condições.
O papa também condenou o trabalho escravo das vítimas do desabamento de um edifício da indústria têxtil, em Bangladesh, que matou mais de 400 pessoas, informou a rádio Vaticano.
"A manchete que me chocou de verdade no dia da tragédia de Bangladesh foi ´viver com 38 euros (R$ 100) ao mês´. Era o que recebiam todas as pessoas que morreram. É o que se chama de trabalho escravo", disse o pontífice. "Hoje, no mundo, essa escravidão ataca algo belo que Deus nos deu: a capacidade de criar, de trabalhar, de ter dignidade. Quantos irmãos e irmãs estão nesta situação", disse.
Exploração
"Não pagar honradamente, não dar um trabalho porque apenas se levam em consideração os resultados financeiros, porque apenas se busca a ganância, é contra Deus", disse.
"Há muitas pessoas que querem trabalhar, mas não podem. Quando uma sociedade se organiza de maneira que todos não têm a possibilidade de trabalhar, esta sociedade não é justa", ressaltou o pontífice.
Como de costume, o pontífice circulou pela Praça de São Pedro em um jipe branco. Sob vivas e aplausos, o papa abençoou os presentes, beijou bebês e abraçou idosos e doentes.
Manifestação
Milhares de pessoas protestaram ontem nas ruas de Daca, a capital de Bangladesh, por ocasião do 1º de Maio, para exigir a condenação dos donos das unidades de confecção do prédio que desabou na semana passada e provocou a morte de mais de 400 pessoas.
O balanço atualizado da tragédia, divulgado ontem, dá conta de ao menos 402 mortos encontrados nos escombros do Rana Plaza, um edifício de oito andares que desabou em Savar, perto da capital. O general Chowdhury Hasan Suhrawardy anunciou que 149 pessoas permanecem desaparecidas.
O número de trabalhadores que conseguiram se salvar foi de 2.437. De acordo com fontes militares, ainda pode demorar entre 12 e 15 dias para a retirada total dos escombros.
Em Daca, os manifestantes exigiram pena de morte aos responsáveis pela tragédia. Sete pessoas, incluindo o dono do Rana Plaza, foram presas acusadas de ligação com o caso. Um continua foragido.
Segundo denúncias, os proprietários das unidades têxteis obrigaram os trabalhadores a permanecerem no prédio, apesar das péssimas condições.
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