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Em livro, Valéria Valenssa relembra depressão após perder posto de Globeleza: “Fundo do poço” (Foto: Ag News) |
Valéria Valenssa confessou não ter sido fácil deixar o posto de Globeleza após 14 anos protagonizando a vinheta do Carnaval da Globo.
A modelo revelou, na biografia “Valéria Valenssa, Uma Vida de Sonhos” - com lançamento marcado para esta terça-feira (9), no Rio -, que entrou em profunda depressão quando foi obrigada a passar a faixa de musa.
Um dos motivos que a fizeram adoecer foi o fato de ter sido pega de surpresa com a substituição.
“Quando cheguei lá [na Globo], de cara eles disseram assim: ‘Valeria, queremos te dispensar porque o Brasil tem muitas mulheres bonitas. Vamos te substituir’. E o Hans [Donner, o marido] do meu lado. Nessa época, ele era diretor do departamento que tinha me contratado, mas não estava ciente do que o comitê tinha resolvido, não tinham passado nem para ele. Ele ficou tão nervoso! Já eu, não tive reação. Eu não estava preparada”, lembrou em trecho divulgado pelo jornal “Extra”.
Logo depois o episódio, a bela foi começou a apresentar quadros de tristeza profunda. “[...] Ainda [depois da demissão] desfilei na Portela, mas depois não fiz mais nada... E mergulhei mais ainda no fundo do poço”, relatou.
Crise conjugal
A depressão de Valéria também trouxe problemas para o casamento da dançarina com Hans Donner. Inconformada, ela passou a cobrar o marido, acreditando que ele estava se recusando a colocá-la de volta no posto.
“Foi uma barra. Eu chorava, cobrava do Hans. Achava que ele tinha uma posição lá dentro e que poderia reverter a situação, que poderia fazer alguma coisa por mim. [...] Comecei a brigar muito com ele, coisa que nunca tinha acontecido antes. Fiquei completamente fora do ar. Foram mais de seis meses assim, cobrando diariamente do Hans. Ligava para ele na Globo, perguntando se não ia falar com ninguém. Fiquei descontrolada, sem chão, ainda mais pela maneira como tudo foi feito”, afirmou.
Apesar da crise, Valéria reconheceu que o companheiro fez o que pode. “[...] Ele nunca levantou a voz para mim. Foi compreensivo o tempo todo, ficou do meu lado, esteve comigo em todos os momentos. Se fosse outro, teria ido embora. Ele foi um superamigo, marido e pai. [...] Naquele momento, eu achava que a vida não tinha sentido. Os meninos me alegravam, me distraíam. Mas a depressão era profunda. Até eu cair na realidade de que a família era o mais importante, demorou um tempo. Foi um período difícil. Eu estava descontrolada.”
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