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Polícia
"Mais dois Ataques"
Bandidos efetuaram diversos disparos e arremessaram uma granada contra o 27º DP. (Foto: Naval Sarmento) |
Mais dois ataques foram registrados da madrugada de ontem até o fim da noite, em
Fortaleza. Uma Delegacia foi metralhada e um ônibus foi incendiado.
Segundo a Polícia, na
ação cometida contra o 27º DP (Henrique Jorge), os suspeitos efetuaram diversos disparos
e arremessaram uma granada contra a Delegacia, mas o artefato não explodiu e foi
recolhido pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).
Durante a noite, criminosos
colocaram fogo em um coletivo, no Parque São Vicente.
O coronel Francisco Souto, comandante do Policiamento da Capital (CPC), disse que dois
adolescentes teriam ateado fogo no ônibus.
"Estavam em duas motos, armados com
pistola. Deram sinal para o ônibus parar, mandaram todo mundo descer e despejaram a
gasolina no coletivo.
Fugiram sem dizer nada. São oportunistas que querem ficar temidos
na comunidade onde moram", declarou Souto.
O oficial disse que os dois foram identificados e a Polícia já tem pistas importantes sobre
eles.
"A prisão é uma questão de tempo", afirmou.
Investigação
A Polícia já investigava outros seis ataques a ônibus e uma topique; e a um prédio da
Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) e duas Delegacias, que foram metralhadas, nos
últimos dias 2 e 3 de março.
A cúpula da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social
(SSPDS) se reuniu, ontem, para traçar estratégias de combate às ações criminosas.
Foram definidas operações que começaram às 16h. As investigações continuam para
elucidar se os casos que foram cometidos contra os coletivos e às Instituições do Estado
têm relação e se partiram do mesmo grupo.
Segundo o coronel Lauro Carlos Araújo Prado, secretário adjunto da SSPDS, foram
revisados alguns detalhes das apurações e definida uma força-tarefa composta por diversas
células da Polícia Militar, Polícia Civil, Coordenadoria de Inteligência da SSPDS (Coin),
Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), para
atuar em blitze, barreiras e abordagens.
"Nosso objetivo é impedir que novas ações aconteçam. Temos informações importantes
que podem levar aos culpados.
Nos ataques às Delegacias, conseguimos imagens que
facilitaram nossas investigações e temos suspeitas muito fortes sobre algumas pessoas que
já conseguimos identificar", afirmou Prado.
O secretário adjunto disse que as linhas de investigação da Polícia aumentaram e são
trabalhadas as hipóteses que as ações podem estar ocorrendo em retaliação à morte de um
adolescente, em confronto com o BPRaio; uma tentativa de suborno feita à Polícia para
liberação de um traficante; alegação de maus-tratos em presídios; remoção de um traficante
para um presídio federal; possibilidade de que sejam instalados bloqueadores de sinal de
celulares nos presídios cearenses; ou seriam ordenadas pelo Comando Vermelho. "Ainda não descartamos nenhuma destas hipóteses.
Pode ser que estas ações tenham
acontecido de forma dissociada ou tenham sido orquestradas. Neste momento estamos
focados em descobrir como eles aconteceram e quem está por trás disto", afirmou Prado.
O secretário adjunto disse que não se sabe se os ataques às Delegacias e à Sejus têm
alguma relação com os dos ônibus.
"Dificilmente estão ligados, mas só podemos descartar
totalmente a possibilidade quando as investigações forem concluídas".
Fonte: Diário do Nordeste
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