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Ceará
Gilvan Rocha era um dos símbolos cearenses contra o Regime Militar (Foto: Fábio Lima) |
O empresário e militante político Gilvan Rocha foi encontrado morto em sua residência, na noite dessa sexta-feira (26), na Aldeota. O empresário era um dos símbolos cearenses contra o Regime Militar (1962-1985), quando foi perseguido pela ditadura. A Polícia ainda investiga a causa da morte, não natural.
Casado com a poetisa Ester Barroso, também perseguida pela ditadura, Gilvan foi secretário de Fortaleza na gestão Maria Luiza (1985) e um dos fundadores do Psol. O velório acontece na funerária Ternura, na rua Padre Valdevino, em Fortaleza.
Perfil de Gilvan Rocha publicado na entrevista das Páginas Azuis em junho deste ano:
Filho de dono de farmácia simpatizante da UDN em Recife, o estudante secundarista Gilvan Rocha, nos idos de 1958, estudava no Colégio Leão XII. No imponente estabelecimento de ensino, de acentuado perfil católico e de padrões disciplinares rígidos, cursava o primeiro ano científico.
Torcedor do Sport e alienado como boa parte dos jovens de sua camada social, Gilvan se vê em março daquele ano chamado a participar de uma grande passeata estudantil pelo barateamento das passagens de ônibus, sem saber direito o que estava fazendo ali. Foi o despertar no jovem de 16 anos à época, da centelha da ação política que o levou a antes mesmo dos 20 anos a fazer parte de uma guerrilha no interior de Goiás.
A história lhe reservaria ainda a clandestinidade, a experiência na Revolução dos Cravos, e a experiência da campanha e vitória à prefeitura de Fortaleza de Maria Luíza. Foi filiado ao Psol.
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