Tribunal Popular do Júri da Comarca de Fortaleza condenou o advogado Pedro Pucci Schaumann a 22 anos e seis meses de reclusão. |
Após mais de 15 anos, o Conselho de Sentença do Quarto Tribunal Popular do Júri da Comarca de Fortaleza condenou o advogado Pedro Pucci Schaumann a 22 anos e seis meses de reclusão. Ele é acusado de matar a ex-mulher, Regina Edite Schaumann, em abril de 1996.
Os jurados aceitaram a tese da acusação e da assistência de homicídio qualificado com duas agravantes (por ter matado a esposa e usar recurso que impossibilitou a defesa da vítima). A defesa do advogado recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) e ele deve permanecer em liberdade até a apreciação do apelo.
O julgamento, presidido pelo juiz Antônio Carlos Klein, terminou por volta de 21h30, tendo durado aproximadamente 12 horas. Conforme o advogado Paulo César Feitosa, assistente da acusação, a sentença é uma resposta da Justiça, apesar da espera de mais de 15 anos. "Queremos celeridade do Tribunal para que julgue rapidamente essa apelação e ele possa cumprir a pena pelo crime que cometeu", afirmou.
O julgamento teve início com a declaração do filho da vítima e do acusado, além da mãe e da cunhada de Regina Edite. Também depuseram uma vizinha da vítima, um perito criminal e o delegado que investigou o caso. O réu foi interrogado pelo promotor de Justiça Pedro Olímpio e negou o crime, alegando que a vítima o agrediu e posteriormente cometeu suicídio. Em seguida, tiveram início os debates, com direito a réplica e tréplica.
O crime
No dia 22 de abril de 1996, após deixar as crianças na escola, o advogado retornou ao condomínio da ex-mulher. Pouco depois foram ouvidos três disparos. Um vizinho viu o acusado sair ensanguentado em busca de socorro enquanto a vítima, baleada na cabeça, estava no chão.
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