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POLÍTICA
Vinte e dois municípios ficarão com reservas insuficientes até o fim deste ano e 18 cidades já precisam de ações emergenciais. Até o início de 2014, o risco de colapso é iminente para outros dois municípios
Para que isso não ocorra, ações emergenciais devem ser executadas, a exemplo do que já vem acontecendo em outras 18 cidades. Até o início de 2014, o risco de desabastecimento completo é iminente para outros dois municípios, totalizando 42 cidades à mercê de ajuda para não colapsar. Quatro delas já começaram a racionar água.
Os dados fazem parte de relatório elaborado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). O documento relaciona as 42 cidades que apresentam criticidade de abastecimento e aponta as ações emergenciais e soluções definitivas para cada um dos municípios. De acordo com o relatório, 26 açudes estão em situação crítica. O documento aponta também 25 mananciais (três rios e 22 açudes) que ainda têm condições de fornecer água e são fontes para instalação de adutoras e carregamento de carros-pipa, ações emergenciais propostas.
Entre as soluções definitivas propostas está a construção de mais seis açudes, porém, sem prazo de conclusão estabelecido. “O açude Colina foi construído há 20 anos e nunca chegou nessa situação. Ele tem capacidade para três milhões de metros cúbicos, mas a nossa população tem aumentado muito e, mesmo que chova, a barragem não conseguirá mais suprir”, afirmou o secretário-adjunto da Agricultura de Quiterianópolis, Miguel Coutinho.
Situação das cidades
No município de Baixio, na Região Centro-Sul, dois carros-pipa levam água à população. A grande espera, entretanto, é pela perfuração de quatro poços, conforme o secretário da Agricultura, Geraldo Lima. “Fazendo esses poços, a situação melhora muito. A pessoa não esperaria só pelo carro-pipa, pegando água com até dois quilômetros de distância”. A solução definitiva proposta no relatório da Cogerh prevê conclusão, através da Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra), de adutora a partir do açude Jenipapeiro, obra que estaria com 90% dos tubos instalados. “Fizeram essa barragem, mas não tem água e já está enchendo de mato”, diz Geraldo.
Em Salitre, a principal fonte hídrica é um sistema de poços que, em regime de racionamento, atende apenas 50% da demanda. Conforme o documento da Cogerh, outros poços foram perfurados, porém, não houve vazão suficiente e o nível de salinidade da água era alto. “Hoje tem um poço no Centro, que serve cerca de 20% da cidade. O restante depende da venda de água nas carroças ou dos carros-pipa”, contou o secretário da Agricultura do município, João Costa e Silva.
Acopiara também é uma das cidades com alta criticidade de abastecimento. O manancial que fornecia água para o município era o açude Quincoê, hoje seco e substituído pelo açude Raimundo de Morais, que também está com reserva crítica. “Esse açude atende 19 carros-pipa, mas já avisamos ao Exército, que leva água para a zona rural, para abastecer no açude Boiote, deixando a água de lá (açude Raimundo de Morais) apenas para a sede”, disse o secretário da Agricultura do município, José Moreira de Andrade. A espera da população é pela adutora a partir do açude Trussu, obra executada pela Prefeitura junto com a Fundação Nacional da Saúde (Funasa), desde 2006.
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