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POLÍTICA
O tom diplomático do senador durante a entrevista deixou clara sua estratégia rumo à possível disputa pelo governo do Ceará: evitar confrontar aliados e, em paralelo, ganhar tempo.
O sorriso desconcertado e o tom diplomático com os quais o senador Eunício Oliveira (PMDB) reagiu a perguntas sobre a eleição de 2014 deixaram clara sua estratégia rumo à possível disputa pelo governo do Ceará: evitar confrontar aliados e, em paralelo, ganhar tempo.
Ontem, um dia após sua assessoria ter divulgado que ele iniciaria uma caminhada pelo Interior para tentar se viabilizar, Eunício baixou o tom, evitou falar em pré-candidatura e disse aguardar uma conversa “olho no olho” com o governador Cid Gomes (Pros). Entretanto, confirmou que o partido tem se movimentado com vistas ao protagonismo no pleito deste ano.
“Viabilizar uma candidatura do PMDB, lógico, claro que tá, não vou mentir para ninguém. Mas que isso é pré-candidatura, não, é claro que não”, disse Eunício, durante a solenidade para aquisição do Campo do América, em Fortaleza.
Eunício lembrou ainda a possibilidade legal de mais de um palanque para a presidente Dilma Rousseff (PT) no Ceará. “O PMDB nacional (...) compreende que a queda da verticalização (norma eleitoral) vai permitir que várias coligações diferentes, de partidos que tenham candidatos a presidente diferentes, possam acontecer nos estados”, destacou.
O peemedebista, que deseja disputar o governo com apoio do Palácio da Abolição, ainda aguarda negociação com Cid – que, por sua vez, sinaliza não ter pressa e diz que o prazo para bater o martelo só se encerra em junho. Após evento em Fortaleza, Eunício embarcaria para Brasília, onde teria reunião com a cúpula da sigla sobre as estratégias deste ano. A decisão será anunciada em uma pré-convenção do PMDB nacional, em abril.
Bastidores
O vice-prefeito Gaudêncio Lucena (PMDB) foi enfático: “Se não for desta vez, não será mais”, disse, ao defender o pleito de Eunício.O campo do América ficou lotado de vereadores e deputados, que quiseram “tirar uma casquinha” do evento .
Presente, o ministro da Previdência, Garibaldi Alvez, fez piada sobre a conotação política da solenidade. Ele disse que quer estar na inauguração do Campo, daqui a cerca de quatro meses, mas que achava que, por causa da disputa eleitoral, nem todos estariam ali juntos. “Se for ter partida, vai ser na base da canelada”, brincou.
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