É natural ver o espanto de uma pessoa ao reencontrar seu bairro de origem ou cidade natal depois de muito tempo afastada. É a estrada carroçável que deu lugar ao calçamento ou asfalto; a energia elétrica que chegou mais longe, proporcionando o alcance de eletrodomésticos e eletrônicos a mais lares nos rincões do sertão; a certeza da água encanada ao abrir a torneira em uma casinha quase no meio do nada; é o conjunto taipa/ palha que deu lugar ao tijolo, cimento e telha; o incremento no comércio, com maior variedade de produtos e fluxo de clientes; o acréscimo na quantidade de casas e prédios ocupando o que antes era, respectivamente, terrenos e casebres.
São modificações que vão além do aspecto visual, trazem uma alteração definitiva na qualidade de vida das pessoas e suas próximas gerações.
Muitos se deparam com uma nova realidade, até pelo ponto de vista negativo, como a poluição do meio ambiente, elevação dos índices de violência e consumo de drogas, fatores erroneamente atrelados aos conceitos mais modernos de crescimento sustentável e progresso.
Avanços
E mesmo com todos esses problemas, aos poucos, os municípios cearenses vão evoluindo. Enquanto o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) do Brasil registrou leve recuo de 0,6% em 2009 ante 2008, no Ceará, foi constatado, em igual período, avanço de 5,4% - o mais alto do Nordeste e terceiro do País. Esse desempenho ajudou o Estado a conseguir o feito inédito de não ter mais nenhum município cearense classificado como Baixo desenvolvimento no IFDM.
Em 2000, praticamente um terço das 184 cidades cearenses tinham indicador abaixo de 0,4. Conforme o estudo, todos saíram desse nível para o patamar Regular ou Moderado, uma década depois.
"A gente percebe claramente um avanço não só no Ceará, mas também em toda a região Nordeste, enquanto muitos estados apresentaram queda no IFDM, influenciados pelos efeitos da turbulência mundial. O Estado do Ceará, inclusive, subiu uma posição no ranking geral brasileiro, saindo de 13º, em 2008, para 12º, no ano seguinte", avalia o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Guilherme Mercês. (ISJ)
Posição
12ª É a classificação do Ceará, atualmente, no ranking geral do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal
Fonte: Diário do Nordeste
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