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Um homem de 18 anos foi espancado até a morte pela população após praticar um assalto na madrugada desta quarta-feira (30). Quase duas semanas antes, outro homem foi vítima de linchamento depois de matar a esposa com uma faca. Esses foram os dois casos mais graves dos nove exibidos em reportagens do programa Barra Pesada neste mês de outubro. E o número pode ser ainda maior.
Segundo o psicólogo Marco Aurélio Patrício, estas medidas têm se tornado comuns devido à sensação de insegurança presente na sociedade. O descrédito na lei é um dos grandes responsáveis por isso e leva as pessoas a fazerem justiça com as próprias mãos. A população, tomada por um sentimento de revolta, descontam no “provocador de violência” todo o medo que sentem. “Isso é consequência do descrédito na capacidade do poder público de proteger a população”.
Patrício diz que o fato de isso acontecer com maior frequência na periferia, onde histórias de violência se tornaram normais, é curioso. “Os caras já compram um celular sabendo que podem ser roubados”, exemplifica. Segundo o psicólogo, as pessoas se sentem abandonadas, principalmente pela segurança pública, e “quando a violência se exacerba, a revolta é muito grande”.
O sociólogo Luiz Fábio Paiva, pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência da UFC, explica que ainda não existem estudos específicos sobre o assunto, por isso não é possível dar um parecer exato. No entanto, ele concorda com a hipótese de que a expansão do clima de insegurança tem levado as pessoas a agir de forma específica. Assim, quando presenciam um assalto, por exemplo, “ao invés de chamar as autoridades, praticam um ato de vingança”.
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