Violência menor no fim de semana com cinco corpos necropsiados no IML

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Caiu de oito para cinco o número de corpos necropsiados no final de semana no IML (Instituto Médico Legal) de Juazeiro do Norte em uma comparação com o anterior. As mortes violentas foram registradas em três cidades com a eclosão da violência em Crato com três mortes, sendo as outras duas de Nova Olinda e Santana do Cariri. O trânsito liderou o ranking com duas mortes, vindo, depois, casos de suicídio, homicídio e morte por descarga elétrica.

Os três primeiros corpos chegaram no sábado. Por volta das 08h30min o frentista Mascarenhas Francelino dos Santos, de 26 anos, que residia na Rua Vicente Tavares Bezerra, 18 (Bairro Pinto Madeira) em Crato, praticou o suicídio se enforcando dentro de casa. Às 16 horas, na Rua E, número 26 (Bairro Franca Alencar), igualmente em Crato, o açougueiro Milton Alves de Brito, de 40 anos, morreu eletrocutado. Ele fazia uns reparos na rede elétrica em frente à sua residência.

A vítima apanhou sua furadeira elétrica e foi ligar em uma extensão improvisada. O açougueiro estava descalço e tocou com os dedos na extremidade sem qualquer isolamento recebendo a descarga elétrica e morrendo. O último corpo a chegar no sábado foi do montador de sons automotivos, José Marcos de Oliveira, de 30 anos, mais conhecido por Bidé, que morava em Nova Olinda. Por volta das 17 horas, ele foi vítima de acidente de trânsito na CE-293 que liga àquela cidade ao município de Crato.

À altura do Sítio Terreiro Duro, Bidé bateu a moto em que pilotava, uma Honda Broz de cor vermelha, contra uma Honda CG pilotada por um jovem que sofreu apenas escoriações leves. A vítima estava sendo socorrida para o Hospital São Francisco de Crato, mas morreu a caminho. No domingo chegaram mais dois corpos, sendo o primeiro do cortador de pedras, Damásio Lucena da Silva, de 23 anos, que residia no Sítio Pedra Branca no município de Nova Olinda.

Por volta das 17 horas o corpo do mesmo foi encontrado sem vida ao lado de sua moto em uma estrada carroçável que dá acesso ao Sítio Palmeiras na zona rural de Santana do Cariri. Provavelmente perdeu o equilíbrio do veículo e caiu sofrendo traumatismo craniano. Duas horas e meia depois, no interior do Bar de Zé de Rosinha (Bairro Mutirão) em Crato, a industriária Francineide Delmiro da Silva, de 34 anos, foi assassinada com um tiro de revólver.

A mesma estava bebendo em companhia de Francisco Carlos Pereira de Oliveira, de 25 anos, que seria o alvo e terminou lesionado com um tiro nas costas sem maior gravidade estando fora de perigo no Hospital São Francisco de Crato. Segundo a polícia, três indivíduos chegaram ao estabelecimento e um deles, apelidado por Queixinho, estava com um revólver na mão. Francineide foi atingida com um tiro no rosto e morreu no local.

Supostamente, a mulher tornou-se queima de arquivo para o que seria a morte de Carlos Pereira provavelmente por vingança. É que ele é o principal suspeito de envolvimento no assassinato de uma pessoa há algumas semanas no Bairro Pantanal que seria irmão de Queixinho. Francineide foi a 14ª mulher morta este ano na região do Cariri, sendo a segunda em Crato.