A vacina contra o HPV - o papilomavírus humano - afasta o risco de lesões pré-cancerosas na região do ânus em homens, diz estudo publicado no New England Journal of Medicine.
O estudo foi realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, com 602 homens homossexuais saudáveis de idade entre 16 e 26 anos. Em uma escolha aleatória, metade dos participantes receberam injeções da vacina, enquanto a outra metade receberam placebos. A vacina aplicada foi a tetravalente, que combate quatro tipos do HPV e é a única no mercado contra o vírus que pode ser aplicada em homens.
O acompanhamento depois da vacinação ocorreu entre 2006 e 2008, sendo que as doses foram aplicadas dentro de um espaço de um mês. Entre os homens que nunca foram expostos ao HPV, a vacina apresentou uma taxa de 75% menos infecções e lesões pré-cancerosas anais. Entre aqueles que já haviam sido expostos a um ou mais tipos de vírus que a vacina busca prevenir, a taxa foi de 54% a menos de lesões do que aqueles que não tomaram a vacina.
O estudo busca provar, além da eficácia da vacina contra o vírus HPV, que pessoas que já iniciaram a vida sexual também podem se beneficiar da imunização.
Vacina contra HPV é uma das principais armas de combate ao vírus
O HPV - vírus do papiloma humano, do inglês -, traz dados alarmantes: segundo o Ministério da Saúde, 137 mil novos casos são registrados por ano no Brasil. Esse vírus é tido como o responsável por 90% dos casos de câncer de colo do útero, além de também atuar como protagonista em casos de câncer de pênis. Ele é o principal responsável por inúmeras doenças da região genital - que compreende colo, vagina, vulva e anus nas mulheres e, nos homens, pênis e anus.
Assim como as verrugas na região genital e da boca, os cânceres causados pelo vírus do papiloma humano são recorrentes: no colo do útero, vulva, pênis e pele. Segundo o ginecologista Claudio Emilio Bonduki, da Unifesp, o HPV ainda pode levar ao câncer de vulva e de pele e provocar lesões na região oral, língua, faringe e anus, devido ao contato em sexo oral ou anal.
A vacina contra HPV já existia para o público feminino. Mas os homens também têm importante papel como vetores do HPV, ou seja, eles o carregam assim como as mulheres, como explica a ginecologista Maricy Tacla, do Hospital das Clínicas. ´Enquanto eles não forem vacinados, assim como toda a população, pessoas continuarão a ser infectadas´, alerta. Por isso, desde o final de maio de 2011, eles também podem ser imunizados contra o HPV.
Tipos de vacina
Há dois tipos de vacina contra HPV no Brasil: a bivalente e a quadrivalente. Ambas protegem contra, no máximo, quatro tipos do vírus, entre os mais de 100 existentes. Isso significa que, mesmo com a aplicação da vacina, a proteção não é 100% garantida.
A bivalente protege apenas contra os tipos 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero, vagina, vulva, anus e pênis. Já a quadrivalente, que foi recentemente liberada para o público masculino, protege contra esses antígenos e também contra os tipos 6 e 11, os principais agentes de verrugas genitais e condilomas, que são as verrugas genitais produzidas pelo vírus.
Hoje, o foco principal da vacina está em mulheres dos 9 aos 26 anos, no caso da quadrivalente, e dos 10 aos 25, na bivalente - em especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual. Segundo Maricy Tacla, isso acontece porque, teoricamente, a mulher ainda não teve contato com o vírus, o que aumenta a eficácia da aplicação. Para os homens, vale a mesma faixa etária, lembrando que eles podem tomar apenas a quadrivalente.
O estudo foi realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, com 602 homens homossexuais saudáveis de idade entre 16 e 26 anos. Em uma escolha aleatória, metade dos participantes receberam injeções da vacina, enquanto a outra metade receberam placebos. A vacina aplicada foi a tetravalente, que combate quatro tipos do HPV e é a única no mercado contra o vírus que pode ser aplicada em homens.
O acompanhamento depois da vacinação ocorreu entre 2006 e 2008, sendo que as doses foram aplicadas dentro de um espaço de um mês. Entre os homens que nunca foram expostos ao HPV, a vacina apresentou uma taxa de 75% menos infecções e lesões pré-cancerosas anais. Entre aqueles que já haviam sido expostos a um ou mais tipos de vírus que a vacina busca prevenir, a taxa foi de 54% a menos de lesões do que aqueles que não tomaram a vacina.
O estudo busca provar, além da eficácia da vacina contra o vírus HPV, que pessoas que já iniciaram a vida sexual também podem se beneficiar da imunização.
Vacina contra HPV é uma das principais armas de combate ao vírus
O HPV - vírus do papiloma humano, do inglês -, traz dados alarmantes: segundo o Ministério da Saúde, 137 mil novos casos são registrados por ano no Brasil. Esse vírus é tido como o responsável por 90% dos casos de câncer de colo do útero, além de também atuar como protagonista em casos de câncer de pênis. Ele é o principal responsável por inúmeras doenças da região genital - que compreende colo, vagina, vulva e anus nas mulheres e, nos homens, pênis e anus.
Assim como as verrugas na região genital e da boca, os cânceres causados pelo vírus do papiloma humano são recorrentes: no colo do útero, vulva, pênis e pele. Segundo o ginecologista Claudio Emilio Bonduki, da Unifesp, o HPV ainda pode levar ao câncer de vulva e de pele e provocar lesões na região oral, língua, faringe e anus, devido ao contato em sexo oral ou anal.
A vacina contra HPV já existia para o público feminino. Mas os homens também têm importante papel como vetores do HPV, ou seja, eles o carregam assim como as mulheres, como explica a ginecologista Maricy Tacla, do Hospital das Clínicas. ´Enquanto eles não forem vacinados, assim como toda a população, pessoas continuarão a ser infectadas´, alerta. Por isso, desde o final de maio de 2011, eles também podem ser imunizados contra o HPV.
Tipos de vacina
Há dois tipos de vacina contra HPV no Brasil: a bivalente e a quadrivalente. Ambas protegem contra, no máximo, quatro tipos do vírus, entre os mais de 100 existentes. Isso significa que, mesmo com a aplicação da vacina, a proteção não é 100% garantida.
A bivalente protege apenas contra os tipos 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero, vagina, vulva, anus e pênis. Já a quadrivalente, que foi recentemente liberada para o público masculino, protege contra esses antígenos e também contra os tipos 6 e 11, os principais agentes de verrugas genitais e condilomas, que são as verrugas genitais produzidas pelo vírus.
Hoje, o foco principal da vacina está em mulheres dos 9 aos 26 anos, no caso da quadrivalente, e dos 10 aos 25, na bivalente - em especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual. Segundo Maricy Tacla, isso acontece porque, teoricamente, a mulher ainda não teve contato com o vírus, o que aumenta a eficácia da aplicação. Para os homens, vale a mesma faixa etária, lembrando que eles podem tomar apenas a quadrivalente.
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