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Secretário diz que vai remanejar policiais para atuar mais no fim de semana.
Relatório gerencial de criminosos deve reduzir impunidade, diz Servilho.
O secretário da Segurança do Ceará, Servilho Paiva, afirmou nesta quarta-feira (23) que cerca de 50% dos homicídios no estado ocorrem nos fins de semana, período em que a maior parte dos policiais está de folga por conta de leis trabalhistas. O secretário afirmou que pretende mudar a escala de trabalho das corporações policiais para que possa haver uma atuação “mais forte” da polícia nos período de maior violência.
“A demanda [dos serviços da polícia] é de quase 50% nos fins de semana, entre a noite de sexta-feira e 1h da segunda-feira. Culturalmente, é também o período em que os policiais estão de folga. Estamos conversando para atuar de acordo com a demanda, ainda que seja flutuante, porque uma área com muita demanda hoje, por ter pouca amanhã”, explica Servilho Paiva.
O secretário da Segurança foi sabatinado nesta quarta-feira por deputados na Assembleia Legislativa do Ceará. Ele assumiu a secretaria em setembro deste ano e comanda a pasta mais criticada do governo Cid Gomes, após crescimento da violência no Ceará nos últimos anos.
Outra medida que o secretário estuda é desenvolver um relatório gerencial das criminalidades e evitar apresentar “apenas uma porção de números” nas estatísticas. “Essa questão de que a ‘polícia prende a Justiça solta’ não é tão simples assim. É preciso gerência, se houver um relatório do que foi o crime, e não apenas um número, nós teremos um embasamento para manter um criminoso preso”, diz.
"Se o policial fizer tudo certo, fizer o dever de casa e tirar uma nota 10, prender, trabalhar de forma integrada... e não ocorrer a segunda etapa, que é a prisão, nada foi feito", justifica. Para Servilho Paiva, a impunidade é "uma das principais" causas da criminalidade no estado.
BPTur
Alguns setores da polícia terão reforço no funcionamento no serviço 24 horas, como o Batalhão de Policiamento do Turismo (BPTUR). O secretário não garante, porém, que o aumento no número de policiais reduza a criminalidade. “É preciso conhecer cada área. Não adianta agir apenas de maneira ostensiva nas áreas mais críticas. A gente encharca de polícia, mas ela não conhece os meninos traquinas da região. Isso demanda um conhecimento específico e um trabalho junto com o Ministério Público”, explica.
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