HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA APARECIDA
A imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada por dois pescadores do Rio Paraíba do Sul, na região de Guaratinguetá, estado de São Paulo, por volta do ano de 1717. Os pescadores Domingos Martins Garcia, João Alves e Filipe Pedroso já pescavam há bastante tempo, sem que conseguissem tirar peixe algum das águas do rio. Foi quando João trouxe em sua rede a parte correspondente ao corpo da imagem e, depois, lançando a rede um pouco mais distante, trouxe nela a cabeça da Senhora. Dali por diante, a pescaria tornou-se copiosa e, receosos de que a quantidade de peixe trazida para os barcos ocasionasse um naufrágio, os três amigos voltaram para casa, trazendo a imagem e contando a todos o prodígio que haviam vivido.
O culto à Senhora não tardou a tomar vulto. À imagem, que representa Nossa Senhora da Conceição, logo foi dado o nome de Aparecida, por ter aparecido do meio das águas nas mãos dos pescadores. Inicialmente instalada em uma capela na vila dos pescadores, já por volta do ano de 1745 teve sua primeira igreja oficial, em torno da qual viria a nascer o povoado e o santuário de Aparecida.
A consagração de Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil ocorreu em 31 de maio de 1931, em uma celebração que reuniu, já naquela época, um milhão de pessoas. Os padres redentoristas, responsáveis pelo Santuário Nacional de Aparecida, foram os grandes animadores da construção da Basílica que hoje abriga a imagem da Senhora.
O projeto grandioso teve início em 1955, com a concretagem da nave norte. Construído em forma de cruz, possui capacidade para abrigar 45.000 pessoas e possui uma infraestrutura especial para o atendimento de romeiros que procuram o lugar durante todo o ano para prestar culto à Padroeira.
No dia 04 de julho de 1980, oPapa João Paulo II, em missa celebrada no Santuário, consagrou a Basílica, que recebeu o título de Basílica Menor.
Durante todo o ano acorrem ao Santuário romarias organizadas por grupos religiosos. Algumas, porém, são bastante inusitadas e merecem destaque. No terceiro domingo de maio, ocorre a Moto-romaria, onde motociclistas do Brasil, e de outros países da América Latina, se reúnem no local. No 3º sábado de junho, celebra-se o Dia Nacional do Migrante. E, em 7 de setembro, desde 1995, realiza-se o Grito dos Excluídos, que coincide com a Romaria dos Trabalhadores.
MEDIANEIRA DE TODAS AS GRAÇAS - Muitos foram os milagres que o CRIADOR realizou e ainda continua a conceder, pela intercessão poderosa de NOSSA SENHORA APARECIDA. São sinais de todas as modalidades possíveis e imagináveis, curas físicas extraordinárias onde a ciência não conseguiu nenhum resultado , deram origem a uma quantidade notável de "ex-votos" (fotografias abaixo) de todas as formas, modelos e tipos, que superlotam um amplo salão na Basílica Nova, construído especialmente para esta finalidade. E a atuação de nossa MÃE SANTÍSSIMA não é direcionada para um determinado tipo de pessoa, ela é universal, ou seja, abrange todas as classes sociais, beneficiando com misericórdia e atenção, todos que tem fé, que a procuram e suplicam o seu auxílio e proteção. É verdade que Ela tem um carinho especial pelos pobres e os menos favorecidos, por aqueles subjugados pelo trabalho e pelos escravos dos vícios, que procuram a sua poderosa proteção, a fim de ficarem curados e se reintegrarem à sociedade.
Cegos recobram a visão, coxos voltam a andar, cardíacos condenados à morte pela medicina ficam completamente curados e cheios de vida, mudos voltam a falar e muitos outros notáveis milagres, fazem parte de uma imensa lista de ocorrências Divina, pela intervenção de NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA. Apenas para evidenciar um pouco as Obras de nossa MÃE, citaremos com detalhes
dois fatos ocorridos na época do Brasil Colonial, fatos curiosos que se encontram registrados no Livro da Cúria Diocesana em Aparecida.
Naquela época, muitos escravos não suportando o trabalho intenso e os cruéis castigos que recebiam nas senzalas, que aos poucos corroíam as suas forças e lhes tiravam a vida, arriscavam-se e fugiam. Era preciso tentar a liberdade, desaparecer daquele ambiente onde o trabalho representava um tormento insuportável e a morte. Todavia, na mentalidade vaidosa dos senhores de escravos, aqueles homens que administravam os empregados da fazenda, a fuga de um escravo representava uma ofensa moral imperdoável, que exigia uma pronta reparação e imediata repressão.
ESCRAVO ZACARIAS - Certa feita, um escravo de nome Zacarias, que vivia na senzala de uma grande Fazenda no Estado do Paraná, cansado de sofrer maus tratos, fugiu em direção ao Estado de São Paulo. De imediato saiu a sua procura um famoso "Capitão do Mato", como eram chamados os perseguidores de escravos. Vasculhou todas as regiões circunvizinhas até que o encontrou e prendeu próximo a Bananal, em São Paulo. Depois de acorrenta-lo com pesados grilhões nos pés e nos braços (um conjunto de argolas e barras de ferro pesando mais de 7 quilos), o conduziu de volta ao Paraná. Entretanto, ao passarem pela Vila, em frente à Igreja de NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA, cansado e com fome, com os pés repletos de cortes por caminhar descalço por estradas pedregosas e cheias de mato, pediu ao seu caçador para descansar um pouco e rezar na Igreja. O algoz permitiu e aproximou-se a cavalo da porta de entrada da Igreja, enquanto Zacarias caminhando uns passos, caiu de joelhos ao chão em suplicante e dolorida oração. Para espanto do Capitão, de diversos alunos de um Colégio ao lado da Igreja e de muitas pessoas na rua que presenciaram a cena, viram soltar-se milagrosamente os grilhões que prendiam os pés e braços do escravo, caindo ao chão com grande barulho, deixando-o em liberdade.
Zacarias em prantos segurou as correntes com as mãos e correu pelo interior da Igreja, prostrando-se junto à grade que separava do público, o Altar onde estava a VIRGEM MARIA. Com as mãos estendidas e o rosto inundado de lágrimas, agradeceu à NOSSA SENHORA pela providencial e maternal proteção.
O Capitão do Mato surpreso desmontou do cavalo e seguido pelas pessoas que testemunharam o fato, entrou na Igreja para ver de perto o que acabara de presenciar. Compreendeu que se tratava de uma intervenção sobrenatural e por essa razão, concordou que o escravo devia ficar em liberdade. Decidiu não levar Zacarias de volta a senzala de onde fugira. Pediu ao Tesoureiro da Igreja, que estava presente, uma declaração narrando o acontecimento, a fim de fazer prova junto ao seu patrão e com a consciência tranquila de ter feito a melhor escolha, retornou sozinho ao Paraná.
No Salão do sub-solo denominado "Salão das Promessas" ou "Salão de Ex-Votos", podem ser vistos os grilhões que acorrentaram o escravo Zacarias. Fotografias a
seguir:Foto do salão dos Ex - votos Basílica de Aparecida |
Foto do Salão do Ex - votos |
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