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Fonte G1 CE
Duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas durante festa.
Laudo divulgado nesta quinta-feira conclui que tiros saíram de arma da PM.
Laudo divulgado nesta quinta-feira (21) pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará mostra que os disparos que mataram os jovens Ingrid Mayara e Igor Andrade Lima, no dia 26 de janeiro, durante uma festa de pré-carnaval no Bairro Ellery, em Fortaleza, foram efetuados pela arma pertencente à Polícia Militar, que estava em poder de um policial do Ronda do Quarteirão. O laudo foi elaborado pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).
O resultado já foi encaminhado para a Polícia Civil, Polícia Militar e Controladoria GeraI de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) para subsidiar os inquéritos policiais e procedimentos administrativos disciplinares em trâmite naquelas instituições. Os policiais presentes no momento da ocorrência permanecem afastados da atividade operacional aguardando a conclusão das investigações. De acordo com a SPPDS, ao final dos inquéridos os culpados serão punidos penal e administrativamente.
O caso
De acordo com testemunhas que preferem não se identificar, moradores do bairro participavam das festas de pré-carnaval do Bairro Ellery, quando policiais do Comando de Policiamento Ronda do Quarteirão chegaram ao local e pediram para baixar o volume de "paredões de som". Os proprietários dos veículos com aparelhos de som se recusaram a reduzir o volume, de acordo com testemunhas. O uso de som automotivo é proibido nas festas de pré-carnaval de Fortaleza. Houve confusão e algumas pessoas que estavam no local jogaram pedras contra os policiais e o veículo da PM.
Ainda de acordo com testemunhas, os policiais militares dispararam vários tiros. Ingrid Mayara Oliveira Lima, de 18 anos, foi atingida por dois tiros: um deles atingiu a nuca e o outro, as costas da garota. O adolescente Ígor Andrade, de 16 anos, que levou um tiro na cabeça, chegou a ser socorrido para o Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza, mas também morreu. Outras quetro pessoas também ficaram feridas.
Familiares de Ingrid Maiara afirmam que as pessoas baleadas foram levadas pelos policiais ao hospital. "Os tiros foram por volta da meia-noite, e fiquei sabendo da morte da minha cunhada ainda na madrugada. As pessoas que foram baleadas não tinham nada a ver com a confusão dos paredões de som. Ela [a vítima] estava ajudando a mãe a desmontar uma barraca", conta uma testemunha, que prefere não se identificar.
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